As taxas de isolamento social monitoradas nos municípios de Mato Grosso do Sul seguem estagnadas, com índices que não tem ultrapassado 50% nem mesmo aos finais de semana. As taxas têm se comparado a períodos em que o novo coronavírus só existia fora do Brasil, e o reflexo dessa “falta” de isolamento já impacta nas estatísticas.
O paciente n° 1 do Brasil foi confirmado no dia 26 de fevereiro, e em Mato Grosso do Sul os primeiros positivos só chegaram no dia 14 de março. Dados mapeados pela In Loco, mostram que no período que antecede essas datas, o isolamento no Estado variava entre 24% a 35% para os dias úteis e de 29% a 43% aos finais de semana e feriado.
Após a confirmação dos primeiros casos da doença e da implantação de medidas restritivas, as taxas de isolamento foram de 32% a 53% para dias úteis e 42% a 63% aos finais de semana na segunda quinzena de março. No mês de abril as taxas de segunda à sexta foram de 37% a 46%, e de 43% a 55% em finais de semana e feriados, mostrando queda na adesão ao isolamento social.
Na primeira quinzena de maio o recolhimento da população durante a semana variou entre 37% e 43%, e aos sábados, domingos e feriados, ficou entre 39% e 48%, sendo este último registrado ontem (17.5) no mapeamento por geolocalização realizado pela In Loco, e disponibilizado ao Governo do Estado.
Enquanto a ciência não descobrir uma vacina para combater a doença, o isolamento social será a medida mais eficaz para reduzir a velocidade do contágio pelo novo coronavírus. A conta é simples: quanto menos contato social e físico, menores são as chances de contrair o vírus, e de contaminar outras pessoas.
Apesar de Mato Grosso do Sul ainda figurar como o Estado com menor número de casos da doença e de mortes no cenário nacional, os últimos boletins epidemiológicos apresentados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram um avanço acelerado da doença.
De sábado (16.5) para domingo (17.5) foram acrescidos 62 novos casos ao boletim, e de domingo para esta segunda (18.5), foram mais 43 confirmados e uma nova morte, totalizando 613 sul-mato-grossenses infectados e 16 óbitos. Outros 24 casos estão em análise pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/MS).
Diariamente as autoridades estaduais de saúde tem alertado para o perigo de afrouxar as medidas de segurança recomendadas de higiene redobrada, uso de máscaras e distanciamento social. A consciência coletiva se faz necessária para que o Estado não atinja o patamar caótico de algumas unidades da federação em que a saúde pública já beira o colapso.
O ranking de isolamento social mapeado na Capital e municípios de Mato Grosso do Sul no último domingo (17.5) pode ser conferido aqui.
*Mireli Obando, Subsecretaria de Comunicação / Foto: Divulgação