O custo da Cesta Básica Alimentar Individual em Campo Grande registrou em fevereiro de 2012 aumento de 2,25% em relação ao mês anterior, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (1º) pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac). O valor atingiu R$ 257,95, enquanto no mês anterior foi de R$ 252,27. O feijão foi o produto que mais contribuiu para o aumento.
No acumulado dos últimos doze meses, a cesta apresenta variação positiva de 8,30%. Já no acumulado dos últimos seis meses (setembro de 2011 a fevereiro de 2012), o índice é de 7,41%. E se forem considerados os meses de março do ano passado a fevereiro de 2012 a variação também aponta preços em alta, de 2,96%.
Produtos
Em fevereiro, a pesquisa assinalou que dos 15 produtos que compõem a Cesta Básica Alimentar, 11 registraram alta: feijão 13,14%; alface 8,42%; laranja 6,01%; batata 4,08%; arroz 3,97%; pão francês 3,15%; banana 2,47%; macarrão 2,29%; carne 1,49%; margarina 1,21% e óleo 1,01%. Os produtos que acusaram queda de preço foram: tomate 20,04%; açúcar cristal 0,59% e leite 0,51%. O sal manteve seu preço inalterado.
Análise
De acordo com a avaliação dos pesquisadores, o feijão apresentou baixa oferta no período devido à quebra de safra ocasionando aumento de preço de 13,14%. Com pouca disponibilidade da laranja no mercado interno devido à entressafra resultou em aumento de seu preço em 6,01%. Devido ao pico de safra do tomate aumentou o volume ofertado no mercado registrando queda de preço de 20,04%. Acompanhando as cotações nacionais, o açúcar apresentou queda de preço no período de 0,51%.
Acumulados
Além dos dados de fevereiro a Semac analisou os dados da cesta básica dos últimos seis meses. Os produtos que assinalaram maiores altas foram: feijão, banana, alface, sal e arroz. Como destaque dos produtos que apresentaram queda no período estão o tomate e laranja.
Quanto à renda mensal, a pesquisa constatou que em fevereiro o trabalhador que recebe um salário mínimo de R$ 622,00, precisou comprometer 41,47% para aquisição da Cesta Alimentar, restando-lhe R$ 364,05. Em janeiro este percentual representava 40,56% para atender suas outras necessidades básicas como: água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros.
Por fim, em fevereiro o trabalhador para adquirir a Cesta teve que cumprir 91 horas e 14 minutos da sua Jornada de trabalho mensal de 220 horas enquanto que em janeiro/2011 eram necessárias 89 horas e 14 minutos.
Cesta Básica Familiar
Na pesquisa da Cesta Básica Familiar, o resultado de fevereiro de 2012 apresentou alta de 1,35%. Os dados mostram que a cesta para atender as necessidades básicas de alimentação, higiene e limpeza em uma família de cinco indivíduos atingiu a importância de R$ 1.159,00; no levantamento anterior foi de R$ 1.144,10.
Quanto à variação acumulada nos últimos doze meses, registrou alta de 9,31%; nos últimos seis meses 6,87% e durante o ano, 14%.
Dentre os 44 produtos pesquisados que compõem a Cesta Familiar, 29 apresentaram alta, nove apresentaram queda de preço e seis mantiveram seu preço inalterado.
No grupo Alimentação (32 produtos), a pesquisa constatou alta de 1,40%, registrado pelos principais produtos: feijão 13,14%; abobrinha 10,29%; alface 8,41%; laranja 6,05%; cebola 5,00%; cenoura 4,93%; batata 4,13%; arroz 4,02%; pão francês 3,11% e farinha de trigo 2,64%. Os produtos em queda foram: tomate 19,99%; mamão 1,48%; queijo 1,05%; açúcar 0,52% e leite 0,51%. Os produtos que não registraram alteração de preço foram: pão doce, sal, frango, alho e peixe.
Análise
Para os pesquisadores o alto índice de chuvas no período diminuiu a produtividade das lavouras da abobrinha e da alface, ocasionando aumento de preço em 10,29% e 8,41%, respectivamente.
Com melhor qualidade nesta safra e um volume elevado no mercado interno o mamão apresentou queda de preço de 1,48%
O período de chuvas melhora as pastagens resultando em um aumento do volume produzido de produtos derivados do leite, o que ocasionou queda nos preços do queijo 1,05% e do leite 0,51%.
O grupo Higiene Pessoal (cinco produtos) registrou uma variação negativa de 0,03%. Os produtos que colaboraram para esta queda foram: absorvente 1,66% e lâmina de barbear 0,44%. Os produtos que registraram alta: sabonete 2,70% e papel higiênico 0,46%. Dentifrício manteve seu preço inalterado.
O grupo Limpeza Doméstica (sete produtos) apresentou alta de 1,13%, destacando os seguintes produtos: detergente 4,85%, sabão em pó 1,73%, cera em pasta 1,27%, desinfetante 0,87% e água sanitária 0,59%. Os produtos em queda foram: sabão em barra 1,30% e esponja de aço 0,71%.
Em termos de renda versus salário-mínimo, houve um comprometimento de 37,28% do valor total da renda familiar, considerando cinco salários mínimos, no valor de R$ 3.110,00, para atender uma família composta por cinco membros. No mês anterior foram registrados 36,79%.
Por: Da Redação