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Durante reconstituição, assassinos mostram com frieza como executaram estudantes

Para confrontar as versões dos envolvidos, a reconstituição do assassinato dos jovens Breno Luigi Silvestrini de Araújo, de 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, de 19, aconteceu nesta manhã de terça-feira (11). Os jovens foram mortos na noite da última quinta-feira (30) após serem abordados em frente ao Bar 21, em Campo Grande.

De acordo com as autoridades, os envolvidos demonstraram frieza ao relatar sobre o crime considerado “bárbaro”. Dayane Aguirre Clarindo, 25 anos; O marido dela, Rafael da Costa Silva, 22 anos, apontado como autor dos disparos; Weverson Gonçalves Feitoza, 22 anos, conhecido como “japinha”; e um adolescente infrator de 17 anos, irmão de Rafael, também estavam presentes na reconstituição.

Apenas Raul de Andrade Pinto, 18 anos, não compareceu ao local. Até mesmo porque, segundo a delegada da Defurv, Maria de Lourdes de Souza Cano, ele ficou responsável apenas pelo suporte ao crime, realizando a cobertura financeira e queimou os documentos da vítima.

Locais da simulação

A reconstituição iniciou às 8h e foi feita em quatro locais, próximo ao bar e em três pontos na BR 262. Os policiais seguiram todo o trajeto feito pelos criminosos até o lugar onde mataram os estudantes, que fica no minianel rodoviário, entre as saídas de Rochedo e Aquidauana (MS-060 e MS-080).

No meio do trajeto eles fizeram uma pausa, para simular quando a mulher, Dayane, saiu do carro para levar uma trouxa com pertences dos autores. Além disso, o adolescente foi embora com o Fiat, veículo dos criminosos.

Em seguida, eles foram para uma vala, ao lado da rodovia, onde aconteceu o assassinato. O último local vistoriado foi um pouco acima de onde os corpos foram encontrados, perto da rotatória. Segundo a polícia, esta região será periciada novamente, pois é onde o “Japinha” informou que estariam as capsulas das balas do revólver.

Mobilização e bloqueio

Vários policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), Ciptran (Companhia Independente de Policiamento) foram mobilizados e a rodovia foi bloqueada para a execução do reconstituição.

“Compreendemos o bloqueio, ficamos revoltados com este tipo de violência. Pode atrasar o nosso serviço um pouco, mas vale a pena, para que esses marginais sejam presos”, destacou empresário Carlos Henrique de Oliveira Fidelis, 42 anos. Ele estava há mais de 40 minutos aguardando o fim da reconstituição. Já o caminhoneiro Antonio Carlos de 46 anos, estava ansioso com o fim da operação. ”É um pouco chato esperar mas esse é o trabalho deles. Temos que respeitar”, destacou.

Requintes de crueldade e frieza

O promotor Domingos Sávio, destacou que o crime aconteceu com requintes de crueldade e que os envolvidos contaram friamente todo o enredo. “As versões são confrontadas para evitar distorções. Constatamos que foi um crime bárbaro. Eles disseram que bateram nos estudantes depois de mortos e ainda não sabem justificar o tamanho da violência”, contou.

Segundo o promotor, os envolvidos disseram que a morte ocorreu 30 minutos após abordarem as vítimas. Os criminosos contaram que Breno foi assassinado primeiro, e logo em seguida, Leonardo, com um disparo de arma de fogo em cada.

Tanto Rafael quanto “Japinha” informaram que Leonardo foi agredido no trajeto ao ser abordado e mandado ficar no banco de traz da Pajero, e ambos imploraram pela própria vida. Japinha contou que agrediu os estudantes mesmo depois de mortos, e diz não saber por que sentiu tanta ira.

A delegada informou que a polícia está fechando o cerco contra o último foragido. “Já decretamos mandado de prisão de um foragido, que está envolvido no tráfico. Não podemos divulgar o nome para não atrapalhar as investigações. Trata-se do intermediário que iria trocar o veículo por droga na Bolívia”, informou.

Ela destacou que o crime foi premeditado, porque além de aguardarem os jovens no veículo, eles tinham ido três dias antes ao local onde os corpos foram encontrados. “A família contribuiu muito com a dissolução do caso e o trabalho policial foi intenso para solucionar este crime hediondo”, enfatizou. (Midiamax)

 

Por: Da Redação

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