Em delação premiada, o ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT-MS) citou não apenas os nomes da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também de colegas da Casa. A cúpula do PMDB no Senado e o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), foram citados por Delcídio, segundo fontes com acesso às investigações da Operação Lava Jato.
A delação do petista é mantida sob sigilo na Procuradoria-Geral da República e no Supremo Tribunal Federal, onde os termos do acordo devem ser homologados pelo ministro Teori Zavascki nos próximos dias.
Não há informações se Delcídio, ao fazer a menção aos senadores, indicou a eventual prática de crimes pelos colegas. A PGR deve analisar a menção de cada um dos nomes, como praxe a partir dos acordos de delação premiada, e avaliar se há indícios que fundamentem um pedido de abertura de inquérito ou não.
A cúpula peemedebista no Senado já é alvo de investigações da Operação Lava Jato. O presidente da Casa, senador Renan Calheiros (AL), é investigado em ao menos seis inquéritos abertos contra ele perante o Supremo Tribunal Federal por suposta participação no esquema de corrupção na Petrobras.
Também estão na mira da Lava Jato os senadores Edison Lobão (MA) Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO) e Jader Barbalho (PA).
Renan e Jader, inclusive, já são alvo de inquérito mantido sob sigilo na Corte ao lado de Delcidio. A investigação foi aberta no final do ano passado, portanto antes do petista celebrar o acordo de colaboração premiada.
‘DNA do PT’
Em vídeo no Facebook, Aécio afirmou que o escândalo de corrupção na Petrobras tem o “DNA do PT” e que a possível menção a seu nome é “mais uma tentativa de vincular a oposição na Operação Lava Jato”.
Ele afirmou que outras tentativas foram arquivadas, pois foram “desmascaradas”. “Nada disso me intimida”, afirmou Aécio, que aproveitou a publicação para fazer uma convocação para a manifestação contra o governo marcada para domingo. (Portal IG)
Por: Da Redação