Pode estar dentro da própria família a chave da investigação da morte da jovem Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, encontrada morta em um canavial de Sidrolândia, no dia 10 de junho. Quando a jovem saiu de casa, “para resolver um problema”, ela estava com o cunhado, Hugleice Rodrigues, de 26 anos, que deve ter a prisão solicitada pela Polícia Civil.
O delegado responsável pelo caso, Fabiano Nagata, da Delegacia Especializada de Homicídios, não foi encontrado hoje para falar das investigações.
Segundo a reportagem apurou, como a causa da morte de Marielly ainda está indefinida, não há clareza também de que tipo de envolvimento é atribuído ao cunhado. Há suspeita de que a garota estivesse grávida de Hugleice.
Na empresa, onde a mãe de Marielly trabalhava, a informação é de que Eliane Barbosa da Silva pediu demissão depois que o corpo foi encontrado, alegando que iria para Alto Taquari, no Mato Grosso.
Suspeita
A principal linha de investigação seguida pela Polícia Civil é de que Marielly estava grávida, como confirma um exame feito em fevereiro, e saiu, junto com o cunhado, para fazer um aborto clandestino.
Também há suspeita de que a mãe sabia disso e pode ser indiciada no inquérito sobre a morte de Marielly.
O corpo da jovem, encontrado em um canavial de Sidrolândia, não tinha feto, ainda segundo as apurações, o que sinaliza que ela pode mesmo ter feito um procedimento abortivo.
Todas essas perguntas, sobre a causa da morte, só terão esclarecimentos quando saírem os laudos da perícia.
Uma das dúvidas é em relação a forma como corpo foi encontrado, que estava já em adiantado estado de decomposição. A ocorrência de uma hemorragia intensa, por exemplo, pode explicar as condições da pele.
Mudança de estado
Enquanto Marielly era considerada desaparecida, o cunhado deu entrevistas e também esteve no IMOL (Instituto Médico Odontológico Legal) quando a família foi chamada para reconhecer o corpo.
Hugleice morava no mesmo prédio da família de Marielly, um andar acima, com a irmã da jovem, Mayara Bianca Barbosa Rodrigues, 22 anos, e o filho do casal. Hoje, não há ninguém no local.
O corpo de Marielly foi sepultado em Alto Taquari, no Mato Grosso, para onde a família toda foi.
Os telefones que os jornalistas tinham da família também não atendem. O último contato da mãe com a imprensa foi em uma carta em que agradece o apoio durante o período em que a filha estava sendo procurada. (CG News)
Por: Da Redação