O corpo do ex-prefeito de Dourados – distante a 225 km de Campo Grande, Ari Artuzi, 50, será enterrado neste domingo (25), na cidade de São Valentim, no Rio Grande do Sul. A família optou pelo translado e com isso o corpo de Artuzi ficará enterrado ao lado do pai e irmão do ex-prefeito. Artuzi morreu na noite desta sexta-feira (23), por volta das 22h.
Segundo informações da família, o corpo de Artuzi será levado por volta das 12h do domingo (25) para São Valentin, cidade natal do ex-prefeito. Ele será enterrado ao lado do pai e do irmão.
O corpo está sendo velado na Capela Bom Jesus desde as 2h. Segundo informações de pessoas próximas dos Artuzis, a família definiu o local, após rejeitar levá-lo para a câmara de vereadores da cidade. Ele estava internado no Hospital Evangélico desde a semana passada e seu estado já estava gravíssimo.
Artuzi estava internado no Hospital Evangélico, em Dourados, desde o dia 13 de agosto. Antes desta última internação ele já tinha ficado no hospital por 30 dias. O ex-prefeito já tinha passado por uma cirurgia em 2011, quando os médicos constataram um tumor no colo-retal, sendo necessário submeter o paciente a uma ‘colectomia’ (retirada de tecido do tumor para biopsia). Em razão do tumor, também foi retirada uma parte do intestino grosso.
Doença
Há dois meses, o ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi, se recuperava de uma cirurgia para tratamento do câncer do intestino que acabou levando-o a óbito nesta sexta-feira. Na ocasião, ele disse a reportagem que o estado de saúde dele se agravou após tratamento inadequado que recebeu no Hospital do Câncer, em Campo Grande.
Em entrevista ao Midiamax nesta manhã, Júlio Artuzi confirmou as reclamações do ex-prefeito sobre o tratamento recebido no Hospital do Câncer. “Ele falou que largou porque desde que começou a fazer ficou mais doente. Ficou torto de um lado do corpo. Mas, Deus sabe o que faz”, disse o tio, evitando falar sobre os problemas políticos enfrentados por ele e pelo sobrinho.
No dia 21 de junho, Artuzi denunciou ao Midiamax o descaso no tratamento, avaliando que piorou depois que fez quimioterapia por quatro meses na Capital. “Minhas tripas dobraram dentro do intestino e eu quase morri. Mas nem era para eu ter operado. Fiquei quatro meses fazendo tratamento no Hospital do Câncer, em Campo Grande, e só recebia água em vez de remédio. Eles davam para quatro pessoas o remédio que era para uma só”, denunciou.
O ex-prefeito afirma que desconfiou da ineficácia do tratamento por causa do quadro clínico, que não teve melhora. “Eu fui vendo que em vez de me curar eu tava piorando. Quase que morri, mas já estou me recuperando”, disse o ex-prefeito.
Artuzi já tinha passado por uma cirurgia em 2011, quando os médicos constataram um tumor no colo-retal, sendo necessário submeter o paciente a uma ‘colectomia’ (retirada de tecido do tumor para biopsia). Em razão do tumor, também foi retirada uma parte do intestino grosso. Ele estava internado desde o dia 13, mas já tinha ficado no hospital por 30 dias antes da última internação.
As denúncias de Artuzi coincidem com a investigação da Polícia Federal de que o Hospital do Câncer, dirigido pelo médico Adalberto Siufi, fazia pacientes assinarem fichas dizendo que teriam recebido vários remédios, quando na verdade levavam uma ou duas caixas. As denúncias foram reveladas na operação chamada de “Sangue Frio”.
Uragano
Ari Artuzi foi preso em 2010, junto com outras 27 pessoas na Operação Uragano. Ele era acusado de ser o chefe de um esquema de corrupção em licitações e fraudes. Em imagens divulgadas pela Polícia Federal, o ex-prefeito aparece recebendo R$ 10 mil em dinheiro da venda de um terreno superfaturado. Porém, mesmo diante das acusações, o ex-prefeito alegava inocência e dizia que se tivesse desviado, não passaria por tanta dificuldade financeira. (Midiamax)
Por: Da Redação