Instituído há exatamente quatro anos na estrutura da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen), o Comando de Operações Penitenciárias (COPE) é o primeiro grupo especializado da instituição em intervenções prisionais em situações de crise ou para a realização de “operações pentes-finos” em presídios estaduais. Também é do grupo especial a responsabilidade de realizar escoltas consideradas de alto risco.
Criado no dia 27 de dezembro de 2017, o COPE é subdividido em sua estrutura em Grupo de Intervenção Tática (GIT) e Grupo Tático de Escoltas (GTE) e, além de Campo Grande, sede do comando, possui bases em Corumbá, Dourados e Naviraí.
Um dos principais trabalhos desenvolvidos é realizar operações de retomadas da ordem e da disciplina em ambientes hostis e procedimentos de segurança em unidade prisionais, quando se fazem necessários.
Somente este ano, foram realizadas 17 intervenções prisionais pelo comando, o que tem representado um “divisor de águas” para a Agepen, já que antes dependia inteiramente do Batalhão de Choque da Polícia Militar para efetuar este serviço. “Com um grupo operacional próprio para intervenções, conseguimos planejar melhor as ações, dar uma resposta mais rápida em muitos casos”, destaca o do diretor-presidente da Agepen, Aud Chaves, reforçando a importância do COPE.
Para integrar o Comando de Operações Penitenciárias, os policiais penais se submetem a curso de extremos desgastes físico e psicológico, pensado para que o operador tático suporte situação de crise real. Também são especializados em matérias como Atendimento Pré-Hospitalar Tático, Rapel Tático, Técnicas e Tecnologias Não-Letais, Combate Prisional em Ambientes Fechados, Combate Corpo a Corpo e Imobilização Tática, Escolta de Presos, Intervenção Prisional, entre outras.
“Possuímos total capacidade para enfrentarmos e resolvermos situações de crises dentro do sistema prisional do Estado de Mato Grosso do Sul e isso é resultado da querência de cada membro deste COPE, que se dedica para realizar um trabalho de excelência”, agradece o comandante, Richard Dias.
Neste contexto, a doutrina do uso progressivo da força por parte do grupo instituído pela Agepen tem servido de referência nacional, pois adota um diferencial que é a equipe de imobilizadores táticos, na qual são empregados para evitar forças mais graves, objetivando, acima de tudo, acabar com uma crise preservando a integridade física do preso.
Segundo o comandante, a tendência é que o grupo cresça e se especialize cada vez mais. “Neste papel de transição para a Polícia Penal, tem desempenhado, desempenha e irá desempenhar importantes tarefas, tendo em vista que toda qualificação operacional dentro da Agepen tem sido realizada por instrutores oriundos do COPE, ora pioneiros dentro da Agepen”, enfatiza o policial penal.
Com o apoio do COPE, já foram capacitados cerca de 500 policiais penais em Mato Grosso do Sul nos cursos de Armamento e Tiro, Vigilância e Escolta (CAVE) e de Intervenção Prisional e Escolta (CIPE).
*Keila Terezinha Rodrigues Oliveira, Agepen