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Comissão de Direitos Humanos: Indígenas relatam violência e descaso com demarcações

O deputado federal Zeca do PT acompanhou a comitiva do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Pimenta (PT-RS)

 

O deputado federal Zeca do PT acompanhou a comitiva do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Pimenta (PT-RS)

O deputado federal Zeca do PT acompanhou neste domingo (31), a comitiva do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Pimenta (PT-RS) na visita as áreas de retomada Guarani Kaiowá: Guyraroká (Caarapó), Taquara (Juti) e Teyjusu (Caarapó), devido aos conflitos por falta de demarcação das terras indígenas em Mato Grosso do Sul.

A missão contou com a presença dos membros do Ministério Público Federal (MPF) e da procuradora da 6ª Câmara – Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais de Brasília, Deborah Duprat. Estiveram presentes também na comissão membros da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SDH), do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, (CNDH), da Polícia Federal (PF), Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Especial de Saúde Índigena (Sesai).

Os membros da Comissão de Direitos Humanos puderam constatar in loco a terrivel situação que vivem os indígenas nessas áreas ocupadas, sem barracos de lona, sem nenhuma assistência do poder público. De acordo com os depoimentos coletados nas três áreas indígenas de retomadas a principal dificuldade é o acesso a saúde, que muitas vezes são ignoradas pela Sesai e pela Missão Evangélica Caiuá. Segundo os indígenas os médicos visitam as áreas ocupadas a cada 30 dias, e limitam o atendimento a dez pessoas por mês e não disponibilizam medicamentos,

Para Zeca do PT, a comissão teve um papel importante para reforçar a luta pela demarcação das terras indigenas no Estado.

“Grande parte dos indígenas do MS, tanto o povo Terena, como o povo Guarani Kaiowá, vivem em áreas de retomadas, tradicionalmente indígenas, e eles têm disposição de defender aquilo que é deles, vivendo muitas vezes precariamente, sem nenhum apoio do governo do Estado, das prefeituras e também do governo federal. Todos esses níveis da administração pública deveriam entender a legitimidade, a justiça que é a luta destes povos por seus territórios e ajudá-los, pois essas crianças que vimos lá, vivem fora das escolas, sem nenhuma assistência médica descente, sem assistência social, portanto abandonados, a mercê da sua própria sorte. Por essas razões, a presença da comissão, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi fundamental para constatar in loco essa triste realidade e fortalecer a luta em Brasília, para sensibilizar o governo federal, que até agora se omite para o debate desta questão tão seria, que é a necessidade urgente da demarcação das terras indígenas no nosso estado”, avaliou Zeca do PT. (Assessoria de Imprensa)

 

Por: Da Redação