Após sinalizar que os servidores estaduais podem não receber o reajuste salarial este ano, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou, nesta terça-feira (23), que “é difícil responder sobre o ajuste”. O governador voltou a relacionar a adequação salarial ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do gás.
“Nós estamos discutindo com as nossas equipes de trabalho, é muito difícil você poder responder isso, porque nós não tivemos ainda uma sinalização efetiva e duradoura que nos dê segurança da volta dos valores dos valores do ICMS do Gás. Nós já perdemos R$ 210 milhões em 4 meses, nós temos que ter muita cautela”, declarou, durante solenidade de entrega de viaturas para as equipes de segurança.
O governo irá lidar com os ânimos já exaltados dos servidores, entre eles os professores, que paralisam as atividades no próximo dia 30. A folha de pagamento foi fechada no dia 7 e agora, caso conceda o reajuste, a adequação deverá ser publicada por meio de uma folha suplementar.
“Eu entendo os servidores, respeito muito essas reivindicações, vocês sabem que em dois anos, entre aquilo que foi feito em 2015 e 2016, nós já demos mais de 30% de aumento salarial, que foi aquilo que coube ao nosso governo, com os abonos com o plano de cargos e carreira, que o ex-governador implantou em dezembro de 2014, mas quem pagou a conta foi o nosso governo efetivamente”, comentou o governador.
“Eu não tenho dúvida de que nós vamos conversar com os sindicatos, e vamos buscar uma alternativa, mas uma alternativa com segurança. O Estado não pode dar um passo maior que a perna e nós não queremos entrar no rol dos estados inadimplentes que não cumprem com as obrigações, para nós pagar salário em dia é fundamental para vida e até para estabilidade econômica de cada um dos nossos servidores que nós respeitamos muito”, complementou.
Dinheiro da Previdência
Cerca de 30 integrantes do Fórum dos Servidores de Mato Grosso do Sul protocolaram na tarde de segunda-feira (22), na PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) de Mato Grosso do Sul, pedido de investigação de uso irregular de recursos da previdência estadual. Os valores, estimados em R$ 34 milhões, teriam sido usados em outros setores, nos últimos dois anos, o que é irregular. (Midiamax)