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Coimma e Embrapa Gado de Corte de Campo Grande firmam parceria

A Coimma, tradicional fabricante de Troncos e Balanças, firmou parceria com a Embrapa, por meio da Unidade de Gado de Corte, localizada em Campo Grande (MS), com o intuito de oferecer e disseminar para o campo informações obtidas em laboratórios de pesquisas, otimizando o lucro e implementando tecnologias.

O diretor de desenvolvimento Dr. Paulo Cesar Dancieri Filho e o diretor comercial Jose Otacilio da Silveira, sabedores da capacidade e credibilidade da Embrapa Gado de Corte buscaram essa parceria com o intuito de obterem novos recursos tecnológicos que efetivamente contribuíssem com avanços na pecuária nacional facilitando o manejo bovino para o homem do campo, evitando desperdícios e perdas de tempo, e obtendo dados importantes para uma pecuária de precisão.

A parceria que foi selada no mês de junho de 2011 constitui no oferecimento aos pecuaristas de um Mangueiro Digital com alta tecnologia, elaborado para dinamizar o acesso diário a importantes informações do rebanho sem investimentos de alta monta.

Os técnicos da Embrapa Erno Suhre, Paulo Henrique Biscola, Quintino Izidio e Rodney Santos e o pesquisador Pedro Paulo Pires se empenharam para desenvolver um software inteligente para ser acoplado às balanças eletrônicas Coimma, possibilitando que os animais sejam identificados e pesados individualmente a campo de forma diária e espontânea, sem a indução ou a interferência do peão, evitando assim o estresse animal. Tal sistema é denominado pesagem a campo.

A identificação eletrônica pode ser feita por meio de chip eletrônico localizado dentro de um bolus intrarruminal revestido de cerâmica que fica retido no retículo do animal (parte do estomago) facilitando a leitura óptica e evitando erros ou duplicidades na identificação.

A ideia central da pesagem a campo é colocar a balança eletrônica sob uma plataforma simples de madeira (aproximadamente 0,50 cm de largura por 2.80m de comprimento) instalada no pasto em um corredor de acesso, no qual os animais necessariamente terão de passar para beber água ou se alimentar.

Por sua vez, a alimentação dos equipamentos será feita por meio de uma pequena placa de energia solar, pois a intenção é que o sistema funcione 365 dias por ano, pesando e enviando as informações automaticamente.

Como o sistema é totalmente automatizado, os animais serão pesados e identificados todas as vezes que passarem pela balança, sem provocar estresse. Assim o pecuarista poderá avaliar o sistema produtivo com alto grau de exatidão, obtendo um nível detalhado de dados, tais como, quantidade de água consumida ou alimento ingerido e o ganho de peso diário de cada animal.

Esses dados serão enviados instantaneamente via radio frequência (RF) para uma central da fazenda a uma distancia de até 30 km, sem interferência do homem do campo, posteriormente, tais dados poderão ser compartilhados de formal global via internet.

A mensuração digitalizada reverte-se em ganho financeiro para o produtor, já que as informações completas do animal possibilitam ao criador uma tomada de decisão mais lúcida e eficiente, permitindo-o descartar animais que não correspondem ao peso desejado ou avaliando a viabilidade de aplicações de medicamentos com dosagens corretas de acordo com o peso. Além disso, o detentor de tal tecnologia poderá se valer da apartação de lotes de novilhas para inseminação artificial, determinação dos abates de animais precoces com pesos ideais, isso tudo automaticamente dispensando o manejo tradicional a campo e tendo a certeza de não cometer equívocos na identificação do animal.

O advento do Mangueiro Digital, além das vantagens acima mencionadas, também facilitará a implementação da rastreabilidade no Brasil, que cada vez mais será exigida pelo mercado externo e interno haja vista que na prática vai levar ao consumidor final mais qualidade na carne.

“Como quase tudo hoje é digital, no campo não poderia ser diferente. Nós temos que nos adequar a realidade e aderirmos às novas tecnologias para competirmos com grandes produtores mundiais de carne. Para isto é imprescindível levarmos ao consumidor final mais informações precisas e confiáveis”, afirma o supervisor nacional da Coimma José Dias Rossafa.

“Queremos que o produto final (carne de qualidade) chegue às gôndolas dos supermercados e ao consumidor final com informações importantes, como o número do SIF, Raça, Idade, Origem da Fazenda, Data do abate, Nome do Frigorífico, inclusive chegando a um nível tal de detalhamento que o consumidor, ao ler o rótulo de um corte bovino, saberá avaliar qual será o melhor emprego desta carne na culinária”, salienta Paulo César Dancieri Filho, diretor de desenvolvimento da Coimma.

“Temos a certeza de que essas ferramentas chegarão aos pecuaristas em breve e terão grande impacto a médio e longo prazos em nossa pecuária. Nós da Coimma nos sentimos honrados com a parceria com a Embrapa Gado de Corte de Campo Grande-MS, além do que é muito gratificante podermos colaborar e ser coadjuvantes com os avanços tecnológicos da pecuária nacional”, arremata o supervisor José Dias.

 

Por: Da Redação

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