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Bancada alerta ministro que União será responsável por mais morte em MS

 

Senadores e deputados federais de Mato Grosso do Sul afirmaram nesta terça-feira (4) que o Governo federal deverá ser responsabilizado caso ocorram mais mortes no Estado por causa dos conflitos pela posse de terras reivindicadas pelos índios.

O recado foi transmitido ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante reunião de quase duas horas em Brasília. A bancada federal entregou ao ministro documento em que pedem o restabelecimento da legalidade no Estado e a retomada da paz na região em conflito.

Os parlamentares afirmaram que não aceitam mais que o Governo federal se mantenha distante dos acontecimentos, sob pena, segundo eles, de ocorrer novas mortes, como ocorreu na desocupação de uma fazenda em Sidrolândia, região central do Estado.

Para o coordenador da bancada federal, senador Waldemir Moka (PMDB), caso o governo não atenda às advertências, os conflitos podem ser ampliados, já que os índios anunciam novas invasões e avisam que não irão cumprir decisões judiciais. “O governo federal é responsável pelo que houver em Mato Grosso do Sul. Essa foi a posição da bancada, transmitida ao ministro”, observou.

Os parlamentares narraram vários fatos ocorridos nas últimas horas, como o confronto isolado entre produtores e índios. “Eu não estou mais preocupado com propriedade, mas, sim, com vidas humanas, tanto do lado dos índios quanto dos produtores”, afirmou o líder da bancada.

No documento, a bancada faz quatro exigências: restabelecimento da ordem jurídica, envio da Força Nacional para pacificar as áreas invadidas, política específica para restaurar a ordem, que assegure os direitos dos índios e dos produtores, e pagamento das indenizações correspondente ao valor da terra nua e das benfeitorias.

Força Nacional

Durante a audiência, o governador André Puccinelli conversou, por telefone, com o ministro da Justiça. Ficou acertado que o Governo do Estado encaminhará pedido de urgência para que contingentes da Força Nacional sejam deslocados para tentar manter a tranquilidade na região.

 

Por: Da Redação