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Artuzi é aclamado pré-candidato a prefeito pelo diretório do PMN em Dourados

Em meio às mesas de sinuca da Conveniência do Lima, no centro de Dourados, o Partido da Mobilização Nacional (PMN), empossou sua executiva municipal na noite desta segunda-feira (19) em Dourados. Com a presença do presidente estadual do partido, Adalton Garcia, da ex-canditada a deputada federal, Iara Costa, a reunião que teve a participação de mais de 40 pessoas, teve como o grande protagonista da noite, o ex-prefeito de Dourados, preso na Operação Uragano, Ari Artuzi.

À vontade, e recuperado da literal queda do cavalo que sofreu na última sexta-feira (16), Ari se sentiu em casa na Conveniência do Lima. Tratado como “prefeito” pelos presentes, Artuzi filiou mais 37 pessoas em seu novo partido. Desde sua entrada no PMN, Ari já filou mais de 650 pessoas, segundo o presidente estadual do partido, Adalton Garcia. “Ele só não é candidato a prefeito se não quiser”, afirmou o presidente.

Todos que tiveram direito a palavra estavam afiados no mesmo discurso: Ari, novamente, prefeito do município de Dourados. João Batista, com um entusiasmado discurso, foi taxativo: “A máfia tinha que tirar ‘o homem do povo’ para por um deles, para por um almofadinha”, disse o futuro eleitor, que deve transferir seu titulo para Dourados com a intenção de votar no ex-prefeito.

Outro a apoiar Artuzi foi o primeiro sargento da Polícia Militar, conhecido como Cabo Freitas. O PM foi candidato a vereador por duas vezes no município de Dourados, obtendo em torno de 800 votos nas duas oportunidades. Cabo Freitas, que se filiou ao PMN na noite desta segunda-feira, é um dos que acreditam na inocência de Artuzi. “Tiraram nosso prefeito de lá por que ele não usava terno e gravata como os outros”, afirmou o Cabo, que já entra no partido como pré-candidato ao Legislativo Municipal.

“Tomaram a prefeitura na mão grande”

O momento alto da noite na conveniência foi o discurso de Ari. O ex-prefeito iniciou seu discurso com cautela, que abandonou logo depois de lembrar do dia em que foi preso na Operação Uragano. “Tomaram a prefeitura na ‘mão grande’”, disse o ex-prefeito. Após esse momento o discurso mudou. Claramente nervoso Artuzi batia na mesa se sinuca que estava a sua frente, enquanto falava das obras e investimentos deixados por ele. Mas ele foi além. As acusações de má gestão à nova administração municipal foram uma constante. “Agora eles tão prendendo as galinhas dos pobres”, disse o ex-prefeito se referindo à ‘lei dos animais’, que proíbe a criação e circulação de animais não domésticos no perímetro urbano do município.

Após apontar os investimentos que conseguiu para o município enquanto prefeito, dentre eles o Anel Viário, que está sendo feito na administração de Murilo, com verbas empenhadas em sua administração, Artuzi chamou os filiados e pré-candidatos do partido em Dourados a expor os contrastes entre sua administração e a de Murilo Zauith: “Eu espero que vocês abram o bico” .

Ari ainda deu dicas aos pré-candidatos: “A gente pede ajuda para um amigo, que pede ajuda pro outro”. O ex-prefeito ainda afirmou que “dinheiro não tem”. “O que temos é o sapato”, disse Ari, tirando o próprio calçado e chamando os filiados à campanha.

“A fera foi ferida, mas não foi abatida” disse em seu discurso João Batista, o homem que promete mudar o domicílio eleitoral para fazer campanha para Artuzi.

Inelegível

Apesar do discurso dos partidários de Artuzi, aclamando o ex-prefeito como pré-candidato à prefeitura, isso pode não acontecer.

Para o Promotor de Justiça Eleitoral João Linhares, tanto o ex-prefeito Ari Artuzi, quanto seu ex-vice Carlinhos Cantor e os ex-vereadores que foram presos durante a Operação Uragano, estão inelegíveis e portanto, impedidos de concorrer as eleições até o ano de 2021.

Os cassados não podem concorrer ao pleito por oito anos depois do término do mandato que venceria em 2012. Para quem renunciou para escapar da cassação política na Câmara de Vereadores, a penalidade é a mesma. (Midiamax – Alan de F. Brito, de Dourados)

 

Por: Da Redação

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