Durante toda a manhã desta segunda-feira (15), uma comissão da FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), acompanhada do presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e da vice-presidenta da Internacional da Educação e ex-presidenta da FETEMS, Fátima Silva, esteve reunida com o governador, André Puccinelli (PMDB), com o intuito de reabrir negociações da categoria e avançar em questões como a retirada do nome do governador da ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade), n⁰ 4848.
Após a reunião com o governador a FETEMS decidiu convocar uma Assembleia Geral para esta terça-feira (16), às 14h, na sede da Federação, com representantes de todos os sindicatos da educação de todo o Estado para que a categoria defina se aceita as propostas apresentadas pelo Governo do Estado ou se mantém o Ato Público contra os seis governadores que assinaram a ADIN 4848, na próxima quinta-feira (18).
Segundo o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, a direção da Federação irá debater com a categoria as questões apresentadas pelo governador e irá decidir em conjunto se os trabalhadores em educação irão para as ruas de Campo Grande no próximo dia 18. “Nós queremos repassar para a nossa categoria as questões debatidas com o governador e decidir em conjunto se mantemos ou não o Ato Público contra os governadores signatários da ADIN 4848, que até então está mantido. Após a Assembleia Geral tomaremos uma decisão final de como este Ato será realizado”, explica.
Além da ADIN, outros cinco pontos foram debatidos com o governador na reunião desta segunda-feira: Implantação de 1/3 de hora-atividade para planejamento de aulas na rede estadual de ensino, promoção funcional dos trabalhadores em educação, realização do concurso público para os professores e administrativos, unificação da carreira dos professores e administrativos em educação e implantação de uma política salarial justa nos anos de 2013 e 2014.
De acordo com Roberto Botareli houve avanços em quase todos os pontos, menos na questão da hora-atividade. “O governador se mostrou disposto a intermediar o diálogo entre os seis governadores que assinaram a ADIN 4848 e a direção da CNTE, pois essa é uma questão de nível nacional que atinge todos os professores brasileiros, também ressaltou que irá unificar a carreira dos professores e administrativos, porém existem alguns pontos que devem ser mais debatidos em relação a esta questão, sobre a promoção funcional ele disse que irá atender a nossa reivindicação, mas se mostra irredutível em relação à implantação de 1/3 de hora-atividade na rede estadual de ensino a partir de 2013 e isso para nós é uma causa de extrema importância e influência diretamente a qualidade da educação pública de MS”, afirma.
Sobre o concurso público para professores e administrativo o presidente da FETEMS ressaltou que o governador disse que irá realizá-lo ainda este ano e que essa é uma promessa que já havia sido feita para a FETEMS e era para ele ter sido realizado em agosto. “Esperamos que dessa vez o governador cumpra a sua promessa, pois era para este concurso ter sido realizado em agosto, conforme o que ele havia firmado conosco anteriormente em outra negociação, vamos ver se dessa vez ele cumpre”, disse.
Para o presidente da CNTE, Roberto Leão, cabe aos trabalhadores em educação de Mato Grosso do Sul definir ou não se realizam o ato e ele realmente espera que o governador, André Puccinelli, cumpra com o compromisso de intermediar com os outros cinco governadores brasileiros que assinaram a ADIN junto com ele para que eles retirem o seu nome da Ação e enfraqueçam a continuidade dos tramites judiciais no STF (Supremo Tribunal Federal). “Se os governadores retirarem o nome da ADIN, mesmo que o Ministério Público continue tocando a Ação, ela enfraquece e nós esperamos que o STF a julgue improcedente. Sobre a mobilização cabe aos trabalhadores em educação de Mato Grosso do Sul, que estarão reunidos em Assembleia Geral amanhã, decidir se fazem ou não o ato na quinta-feira, de qualquer maneira a CNTE irá apoiar a decisão dos companheiros e participar da manifestação se assim ficar decidido”, conclui.
Por: Da Redação