Após conflito entre índios e pistoleiros em Mato Grosso do Sul que resultou na morte de um líder Guarani Kaiowá na última sexta-feira (18), o Ministério da Justiça prorrogou por 90 dias a permanência da Força Nacional de Segurança no estado.
O pedido foi feito pelo governador do estado, Andre Puccinelli, com a finalidade de garantir a manutenção da ordem pública, em especial nas localidades próximas à fronteira com o Paraguai. A portaria que prorroga a atuação da Força Nacional de Segurança em Mato Grosso do Sul está publicada no Diário Oficial da União de hoje (25).
No último dia (18), um conflito entre pistoleiros e índios no município de Amambai, próximo à fronteira com o Paraguai, resultou na morte do cacique Nísio Gomes, líder dos Guarani Kaiowá na região. O corpo foi levado pelos pistoleiros e três moradores do acampamento foram sequestrados. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal abriram inquérito para investigar o caso.
No estado, a disputa por terras entre indígenas e grandes fazendeiros é acirrada e se arrasta há anos. Em 2009, a Agência Brasil visitou a região e mostrou esses conflitos no especial Duas Realidades sobre o Mesmo Chão.
Ontem (24), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse que o governo federal considera “uma questão de honra” a solução dos problemas enfrentados pelas comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul. Além da questão do território, a saúde e a educação são as principais preocupações do Estado, segundo o ministro. (AB)
Por: Da Redação