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MS: Após morte de líder indígena, prorrogada permanência da Força Nacional

Cacique Nísio Gomes, líder dos Guarani Kaiowá na região (na foto, tirada em 2009)

 

Após conflito entre índios e pistoleiros em Mato Grosso do Sul que resultou na morte de um líder Guarani Kaiowá na última sexta-feira (18), o Ministério da Justiça prorrogou por 90 dias a permanência da Força Nacional de Segurança no estado.

O pedido foi feito pelo governador do estado, Andre Puccinelli, com a finalidade de garantir a manutenção da ordem pública, em especial nas localidades próximas à fronteira com o Paraguai. A portaria que prorroga a atuação da Força Nacional de Segurança em Mato Grosso do Sul está publicada no Diário Oficial da União de hoje (25).

Cacique Nísio Gomes, líder dos Guarani Kaiowá na região (na foto, tirada em 2009)

No último dia (18), um conflito entre pistoleiros e índios no município de Amambai, próximo à fronteira com o Paraguai, resultou na morte do cacique Nísio Gomes, líder dos Guarani Kaiowá na região. O corpo foi levado pelos pistoleiros e três moradores do acampamento foram sequestrados. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal abriram inquérito para investigar o caso.

No estado, a disputa por terras entre indígenas e grandes fazendeiros é acirrada e se arrasta há anos. Em 2009, a Agência Brasil visitou a região e mostrou esses conflitos no especial Duas Realidades sobre o Mesmo Chão.

Ontem (24), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse que o governo federal considera “uma questão de honra” a solução dos problemas enfrentados pelas comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul. Além da questão do território, a saúde e a educação são as principais preocupações do Estado, segundo o ministro. (AB)

 

Por: Da Redação