Três dias depois de anunciar à base de sustentação na Assembleia Legislativa ficar de fora da disputa entre aliados nas eleições municipais, o governador André Puccinelli (PMDB) avisou, nesta sexta-feira (16), que na corrida pela sucessão das prefeituras da Capital e de Dourados – dois maiores colégios eleitorais do Estado – não poupará os aliados e subirá no palanque dos candidatos do seu partido.
Nos dois municípios, tudo caminha para o PMDB enfrentar tradicionais parceiros. Em Campo Grande, o confronto deverá ocorrer com os tucanos e com o PPS. Em Dourados, a tendência é o embate com o prefeito Murilo Zauith (PSB), que foi vice de Puccinelli em seu primeiro mandato a frente do Executivo estadual.
“Aqui (em Campo Grande) eu vou subir no palanque”, avisou o governador. Desde as eleições de 2010, ele se empenha para emplacar seu amigo pessoal, o deputado federal Edson Giroto (PMDB), para disputar as eleições, o que acabou se confirmando no último dia 5.
Indagado sobre os motivos da regra de ficar de fora da campanha na disputa entre aliados não valer nas duas cidades, Puccinelli lembrou ter procurado, sem sucesso, os aliados para caminhar juntos nas eleições. “Aqui (em Campo Grande) nós chamamos no início o PPS e o PSDB. Se eles ainda quiserem compor, porque ainda existe a possibilidade, comporemos, mas eles têm direito de lançar candidatura”, disse. “Mas aqui eu vou subir no palanque com o candidato do PMDB”, reiterou.
Em Dourados, o governador também tentou negociar. “Eu tentei conciliar, seria melhor a conciliação, mas não deu”, revelou. “Eu estou com o Marçal (Filho), com a Délia (Razuk) e com o Geraldo (Resende). Meu coração vai sofrer, mas eu vou cumprir o que o partido me disser”, ressaltou.
Nos demais municípios, Puccinelli continua insistindo em discussão “madura” para evitar racha na base. “Vamos fazer pesquisa. Se o candidato dele (de um aliado) estiver em nonagésimo lugar, porque ele vai colocar um candidato para competir com o meu se podemos coligar?”, questionou.
Por: Da Redação