O governador André Puccinelli (PMDB), definiu como “negociação difícil”, as discussões com os administrativos da Educação sobre o reajuste salarial.
Na manhã desta quinta-feira, durante solenidade de entrega de prêmios do programa Escola para o Sucesso, no Parque Jaques da Luz, em Campo Grande, o governador André Puccinelli falou sobre a negociação com a categoria, cujos representantes dormiram esta última noite no plenário da Assembleia Legislativa.
Após definir as discussões como “difícil”, André explicou que a proposta do governo é inferior ao que a categoria quer porque “o governo federal minguou os repasses”, diz ele referindo-se à redução no Fundo de Participação dos Estados e no Fundo de Participação dos Municípios.
“No mês passado, o governo federal repassou 32% a menos”, fala o governador que contou que hoje, antes de ir à solenidade, passou na Secretaria de Estado de Fazenda e ficou sabendo que o repasse deste mês do Fundo de Participação dos Estados para Mato Grosso do Sul será de R$ 500 milhões a menos. “Por isso a dificuldade”.
André disse ainda que o reajuste aos administrativos do Estado “se não for o melhor, será o menos ruim possível”. Falou também que os menores salários dos trabalhadores das áreas administrativas – independente da Educação – vão receber 9,68% de aumento.
O governador declarou que se comprometeu com os servidores administrativos da Educação em dar à categoria, em 2013, o maior reajuste entre todos os servidores. “Assumi o compromisso de, no ano que vem, dar aumento superior ao de qualquer outra categoria”.
O governador ainda disse que “gostaria de aumento maior”. “Mas quando você dialoga, discute, fala a verdade, você acaba vencendo”. A última declaração é referente ao fato da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação) dizer que André propôs 6% de reajuste, o governador fala em 9% e a categoria quer 17%.
Reuniões
Na tarde de quarta-feira, o governador e deputados estaduais se reuniram com os administrativos da Educação, Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal) e Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural do Mato Grosso do Sul).
Sobre as negociações com servidores da Iagro e Agraer, André falou que a atitude é “caça aos marajás”, disse referindo-se a altos salários nas duas repartições. “Tem marajá que ganha R$ 40 mil, R$ 36 mil, R$ 34 mil”. (CG News)
Por: Da Redação