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André propõe ao ministro plano de qualificação para trabalhador indígena

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi e o governador de MS, André Puccinelli

 

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi e o governador de MS, André Puccinelli

O governador André Puccinelli pediu ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a criação de um Plano Setorial de Qualificação (PlanSeq) específico para atender a comunidade indígena de Mato Grosso do Sul. André entregou hoje (19) ao ministro Carlos Lupi proposta que prevê abertura de três mil vagas para capacitação de mão de obra de trabalhadores índios.

“Queremos suscitar um programa que tem uma grife especial para nós, como segunda população indígena do País”, defendeu André. A intenção do governador é criar condições de nova ocupação para trabalhadores que acabam perdendo os postos por conta das novas tecnologias da lavoura, especialmente no setor de cana-de-açúcar. “Com a mecanização, com os cuidados ambientais que o Estado quer ter e tem, evitando a queima, podemos compensar as ocupações que perdem os indígenas que fazem a colheita da cana”, explicou.

Mato Grosso do Sul criou uma lei que inicialmente previa para 2018 o fim do processo de queima da palha da cana na colheita; essa meta foi depois antecipada para 2016, e agora, segundo André Puccinelli “a vontade é reduzir ainda mais” esse prazo. Como decorrência dessa melhoria tecnológica e ambiental no setor produtivo, o governador entende que principalmente os indígenas podem sentir o impacto do desemprego pela falta de qualificação. “Um PlanSeq indígena supriria a necessidade de confecção de vagas para esses trabalhadores”, afirmou Puccinelli. A estimativa, segundo ele, é de um contingente de cinco a seis mil pessoas afetadas pela retração do emprego no setor, por isso a meta de um PlanSeq com abertura de, no mínimo, três mil vagas.

Durante a abertura da etapa de Campo Grande da 1ª Conferência Regional de Emprego e Trabalho Decente, André passou às mãos do ministro Carlos Lupi o pedido do PlanSeq Indígena. A proposta foi uma das duas solicitações defendidas por ele, que também solicitou elevar para dez mil o número de vagas do Projovem.

Ao fazer a entrega da proposta do plano de qualificação, André lembrou que a população indígena de Mato Grosso do Sul é a segunda maior do Brasil, e que conta, por parte do governo do Estado, com inúmeros programas de assistência. “Programas, inclusive, para que possam estar mais bem qualificados, como o programa Vale-Universidade Indígena, que é único”, afirmou. O Programa oferece anualmente vagas com pagamento de auxílio financeiro na UEMS para que mais jovens indígenas cursem o ensino superior.

 

Por: Da Redação