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Ainda reativa à presença humana, onça se recupera monitorada por vídeo

 

A onça-pintada que atacou o caseiro Jorge Ávalo, no Pantanal, segue em tratamento no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres). Conforme apurado com exclusividade pelo Campo Grande News, o animal está consciente, alerta e reativo à presença humana. O felino está sendo monitorado por vídeo e permanece estável.

A reportagem também confirmou que o destino da onça-pintada será definido no início da próxima semana. No momento, várias opções estão sendo analisadas. Caberá ao ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) decidir o futuro do animal.

O macho, de aproximadamente 9 anos, tem consumido toda a alimentação deixada no recinto. No entanto, ainda não foram realizados novos exames para confirmar se houve ganho de peso. Para um novo check-up, será necessário anestesiar o felino novamente.

A onça segue ativa e se locomovendo normalmente no recinto, sem apresentar nenhuma dificuldade motora. O animal continua em tratamento contra a gastroenterite, inflamação que afeta o aparelho digestivo.

Desde que chegou, no dia 24 de abril, o macho passou por uma bateria de exames. Durante o check-up, foi confirmado que ele pesava apenas 94 kg, bem abaixo do normal para a espécie.

Além dos exames de sangue, o ultrassom abdominal revelou alterações agudas no fígado e nos rins, que, até o momento, não indicam insuficiência dos órgãos. Os resultados do material coletado apontaram alterações semelhantes às observadas no ultrassom, além de constatar um quadro de anemia leve.

Morte do caseiro

Conhecido como Jorginho, Jorge Ávalo trabalhava em pesqueiro da região de Touro Morto, em Aquidauana, há cerca de 20 anos. Segundo o irmão, costumava mandar fotos e vídeos mostrando onças-pintadas na área.

O caseiro desapareceu no dia 21 de abril, conforme relato de pescador que foi até o local comprar mel. Marcas de sangue e pedaços que seriam de carne foram encontrados no deck do pesqueiro. A PMA (Polícia Militar Ambiental) foi acionada e as buscas começaram.

O corpo foi encontrado no dia seguinte, pelo cunhado, amigo e um policial militar, em área distante 300 metros do ponto do ataque da onça. O grupo saiu e voltou com integrantes da PMA (Polícia Militar Ambiental) para retirada dos restos mortais.

O governo do Estado decidiu pela captura do animal. Especialista em felinos e integrantes da PMA colocaram armadilhas em volta do pesqueiro e conseguiram pegar a onça na madrugada do dia 24. O animal chegou em Campo Grande no mesmo dia e segue em tratamento, desde então.

*Informações Campo Grande News