Operação Campo Limpo, deflagrada na manhã desta quinta-feira (6), começou a partir de investigações em Paraíso das Águas, em janeiro. A ação hoje foi realizada pela Polícia Civil para combater crime de abigeato em Mato Grosso do Sul.
As informações são de que 32 novilhas da raça nelore, com idade entre 15 e 24 meses, foram furtadas de uma propriedade rural de Chapadão do Sul, distante a 321 quilômetros de Campo Grande e a ocorrência registrada em Paraíso das Águas.
Desde o registro do caso, as investigações contaram com a participação de policiais civis das unidades de Paraíso das Águas, Cassilândia e Aparecida do Taboado e passaram a ser acompanhadas pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), porque há evidências de que há uma estrutura organizada e dedicada a prática de crimes de abigeato em toda a região norte do estado.
Levantamento aponta que entre janeiro de 2020 e março de 2021 foram registradas o furto de 433 cabeças de gado no Estado. Ao atual preço da arroba, o prejuízo ultrapassa o valor de R$ 1 milhão.
Ao todo, 31 policiais civis, entre delegados, investigadores e escrivães das unidades envolvidas nas investigações cumprem mandados de busca e apreensão de material e documentos que comprovem participação de pessoas que integram ou cooperam com uma quadrilha especializada no crime de abigeato.
A operação ainda está em andamento e não há informações de pessoas presas. O objetivo é cumprimento de mandados judiciais de busca e apreensão decretados pelo juiz da 2ª Vara da Comarca de Chapadão do Sul.
Durante todo dia de hoje, nas cidades em que a operação teve início, caminhões com carga de gado foram parados na área rural para verificação de nota e carga. Açougues também foram fiscalizados. A operação ainda está em andamento.
As equipes investigam o furto de animais, principalmente de gado, nas regiões de Ponta Porã, Dourados, Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba e Três Lagoas. O balanço da Operação Campo Limpo será divulgado após as atividades investigativas.
A Polícia Civil lembra ainda que os animais objeto de abigeato ingressam num mercado negro que envolve transportadores, corretores, escritórios e até mesmos frigoríficos, que dificulta ou anula a fiscalização sanitária e pode comprometer a saúde do rebanho estadual.
*Informação do Portal Campo Grande News/ Fotos:Divulgação Polícia Civil
