Para alguns, a tarde de hoje no Aeroporto de Campo Grande foi só um momento de histeria coletiva por conta de um rapaz que teve a sorte de ficar famosos em um programa de TV de cultura inútil.
Mas a sensação ao ver os olhos de Fael brilharem diante de um público orgulhoso e emocionado não deixa dúvidas sobre o poder de um ídolo, mesmo que seja confirmado efêmero. O veterinário demonstrou o que todo mundo queria, carinho.
“Sou muito mais sul-mato-grossense. Tô em casa. Quero retribuir tudo isso que as pessoas estão me dando. Fico muito feliz porque nunca ninguém me olhou com sorriso que não fosse sincero, bondoso”, comenta o veterinário.
A alta estima da garotada nunca esteve tão positiva. “Ele é como a gente, né. Se conseguiu chegar lá, eu também consigo. Quero fazer expedições”, justifica o fã Kelver Silva, de 16 anos. “Ninguém nem sabe falar Mato Grosso do Sul, mas agora a gente tem o Fael”, reforça a amiga Luciana, que veio do Taquarussu com Kelver para receber Fael.
O rapaz que saiu daqui de chapéu há 3 meses, como um veterinário qualquer, do interior de Mato Grosso do Sul, volta com um chapéu novo, ainda de camisa xadrez , mas de calça jeans de grife.
Fael sorri para quem passa pela frente, mas de forma contida. Olha e conversa com os jornalistas como se fosse um desconhecido, aprendendo a falar com a imprensa, sempre com frases curtas, em tom pausado e até tímido.
“Ele é maravilhoso, uma celebridade mesmo. As pessoas ficam loucas por ele. Estou muito feliz de trabalhar com o Fael porque é um jovem muito comportado e profissional”, diz a empresária do sul-mato-grossense, Tina Fortes, uma carioca indicada pela Rede Globo para assumir a carreira do mais novo artista nacional.
De andar tranqüilo, Fael enfrenta o primeiro encontro ao público de Mato Grosso do Sul como se nunca tivesse saído daqui. “Não fico com medo, fico emocionado”, comenta ao saber da multidão que o esperava no saguão do Aeroporto Internacional de Campo Grande.
“Não imaginava que seria assim quando que sai daqui. Fico contente porque acho que representei bem meu Estado, meu povo É um assédio muito gostoso”, agradece, bem com aquele jeitinho de quem é do interior.
Se fosse para falar com intimidade, diria que Fael é “um fofo”, na concepção adolescente da frase. É exatamente como a TV mostrou, quase um matuto, que parece pensar mais do que falar.
“Tenho 2 seguranças, é estranho, mas não ligo não. Continuo igual. Acho só que fiquei mais bondoso, mas generoso, por causa do que aprendi no programa”, disse entre uma foto e outra com fãs que conseguiram entrar na Sala Vip do aeroporto.
Magro, alto, é o típico cowboy e deve continuar com essa “marca”, do personagem fortalecido no BBB 12. “Sempre me vesti assim. Nunca esqueci minhas origens”, lembra.
Ao saber que em Aral Moreira agora o que não falta é mulher dizendo que já namorou ou “ficou” com a nova celebridade, Fael abre o sorriso, comenta “complicado, né?” e emenda: “Tenho é muitos amigos e a minha família que sempre esteve do meu lado”.
Sobre a saudade da família, Fael mostra um ar de alívio ao comentar o assunto, diz que sente muita falta de Aral Moreira, mas que já estava acostumado porque como veterinário sempre costumava viajar bastante e passar dias fora.
Ele não fala muito dos projetos como celebridade nacional, garante apenas que o prêmio de R$ 1,5 milhão está “guardadinho” e que só vai sair do banco quando ele “precisar”. Agora, Fael ainda vive o momento artista e apenas comenta que está “estudando algumas propostas”, inclusive de políticos que querem o rapaz no palanque em Mato Grosso do Sul.
No final da história, ele convence que, pelo menos hoje, o que quer mesmo é voltar para a cidadezinha de 9,6 mil habitantes. “Não sei quando vou poder voltar de vez, mas minha vida é em Aral Moreira. Senti muita falta do tereré”.
Olha gente, gostar do Fael pode não fazer bem, mas mal também não faz. (Campo Grande News)
Por: Da Redação