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Vereadores de Corumbá repudiam tentativas de macular imagem da Câmara

Os vereadores corumbaenses, inclusive aqueles ligados ao prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT), saíram em defesa da imagem da Câmara Municipal, que está sendo acusada por setores da mídia local de irregularidades não praticadas ao interpretar “de forma errônea ou por má fé”, conforme alegaram, recomendações feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE) em relação a verbas de gabinete.

Meios de comunicação da cidade divulgaram que os vereadores tem salário de R$ 30 mil, entre vencimentos e verbas de representação previstas constitucionalmente, afirmação está repudiada pela Casa do Barão de Vila Maria. O MPE, segundo o presidente da Câmara, Evander Vendramini Duran (PP), enviou à mesa-diretora “apenas” recomendações e não ajuizou nenhuma ação.

“Não temos problemas nenhum com nossa prestação de contas, a contabilidade da Câmara está aberta ao Ministério Público”, disse Vendramini, adiantando que vai buscar a Justiça para reparar a verdade. Segundo ele, “está claro” que as denúncias mentirosas fazem parte de uma ação política para denegrir a imagem da Câmara e dos vereadores. “Não vamos aceitar esse tipo de jogo sujo”, reagiu.

Petistas reagem

Ao se manifestarem sobre a notícia, segundo a qual o MP “revela” os ganhos dos vereadores em quase R$ 30 mil, os petistas Carlos Alberto Machado e João Bosco da Silva e Souza também negaram veementemente que percebem este valor em seus vencimentos. Bosco disse, da tribuna, que a Câmara deve buscar na Justiça sua idoneidade contra quem “prega a mentira e a generaliza”.

“Nunca recebi salário de R$ 30 mil como vereador”, declarou Machado, usando da palavra como vice-líder do PT. “São inverdades, notícias mal-intencionadas, com o propósito de jogar os vereadores num canil de lama”, afirmou ele. O vereador Dirceu Miguéis (PMDB), 1º vice-presidente da Casa, desabafou: “não vivo do salário de vereador, tenho outras atividades. É uma mentira absurda, inconsequente”.

Sensacionalismo

Dirceu Miguéis classificou a acusação contra a Câmara de “sensacionalismo para ganhar dinheiro e defender o poder Executivo”. Ele disse que os onze vereadores estão empenhados em trabalhar, inclusive para ajudar e viabilizar a própria administração municipal. “Não podemos aceitar esse tipo de imprensa, que usa da mentira para criar fatos sensacionalistas a afrontar esta Casa”, lamentou Miguéis.

O presidente Evander Vendramini afirmou que as contas da Câmara estão abertas, ao contrário dos contratos firmados pela prefeitura, que apontam malversação do dinheiro publico e estão sendo investigados. “Se esses contratos forem expostos muita gente vai para a cadeia, inclusive quem recebe dinheiro de forma suspeita para falar bem do prefeito e fazer críticas destrutivas aos vereadores”, pontuou.

Cortina de fumaça

Para o vereador Oséas Ohara de Oliveira (PMDB), as denúncias infundadas contra a Câmara Municipal é uma manobra do prefeito da cidade como forma de pressão contra a comissão processante que analisa processo do Ministério Público, onde Ruiter Cunha é acusado de improbidade administrativa com risco de ser cassado do cargo. A comissão vai ouvir o prefeito e dar seu parecer ao MP.

“Estão fazendo uma cortina de fumaça para esconder o rombo na prefeitura”, acusou Oséas, dizendo que o seu salário na Câmara “não chega a um terço” do que foi publicado por um jornal local. “Devemos fazer a defesa intransigente da Câmara contra esse bombardeio, inclusive requerendo os contratos de publicidade milionários feitos pela prefeitura para sustentar essa mídia sensacionalista”. (Com informações da Assessoria de Imprensa da CMC)

 

Por: Da Redação

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