Comunidade, mudanças climáticas, energia, água, saúde e segurança, emissões, resíduos, gestão de talentos, desenvolvimento de fornecedores e uso da terra. A partir destes temas, considerados mais relevantes por diferentes públicos de interesse, a Vale lança nesta quinta-feira, 30 de junho, o quarto Relatório Anual de Sustentabilidade, referente a 2010. Neste ano, a Vale mantém o nível de aplicação A+, o mais alto em transparência, já conquistado no relatório anterior, e apresenta o seu desempenho nas dimensões econômica, ambiental e social, seguindo a metodologia da Global Reporting Initiative (GRI).
Com o reporte de 90 indicadores, o nível de aplicação A+ considera o relato de todos os itens de perfil, dados sobre gestão, indicadores de desempenho essenciais e do Suplemento Setorial de Mineração e Metais. O documento passou por verificação externa independente, levando também em consideração as diretrizes do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM), iniciativa da qual a Vale é signatária, além de verificação da própria GRI.
Como resultado dessa postura de melhoria contínua com relação à transparência, a Vale deu um passo importante, ingressando como a primeira mineradora no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa, carteira que passou a vigorar em janeiro deste ano. “Essa é mais uma forma de manter a transparência em relação às nossas práticas sustentáveis, tema que recebe crescente atenção de investidores já que estas questões contribuem para o fortalecimento e crescimento das empresas no longo prazo”, explica Giane Zimmer, gerente geral de Planejamento e Gestão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Vale.
As ações da Vale são guiadas pela sua Política de Desenvolvimento Sustentável, composta por três pilares: Operador Sustentável, Catalisador do Desenvolvimento Local e Agente Global de Sustentabilidade. A empresa busca o aperfeiçoamento contínuo de seu desempenho em sustentabilidade. Por meio do Plano de Ação em Sustentabilidade (PAS), que estabelece indicadores e metas de performance de sustentabilidade, foram alocados, no período de 2010 a 2012, recursos para a priorização de ações que visam a redução de resíduos perigosos gerados e a eficiência na utilização de recursos naturais como água e energia, dentre outras iniciativas.
Os avanços são visíveis, como o aumento na taxa de reaproveitamento de água de 76%, nos últimos dois anos, para 79% em 2010. De 1,2 bilhão de litros necessários para as operações da Vale no ano passado, 998 milhões de litros foram abastecidas por água de reuso. Na Vale, a água é considerada um ativo de seus empreendimentos. Por conta da sua importância como insumo primordial, foi realizado um diagnóstico em cinco áreas responsáveis por cerca de 40% da captação de água no Brasil – Parauapebas (PA), São Luís (MA) e Itabira, Mariana e Vargem Grande (MG) – e identificadas oportunidades para reduzir a captação de água e a utilização de alternativas, como água da chuva e efluente. Nas minas de Carajás (PA), por exemplo, a aplicação de novas tecnologias está reduzindo consideravelmente o consumo de água no processo de beneficiamento do minério.
Mudanças Climáticas
O combate ao aquecimento global também é uma prioridade da Vale . Em 2010, as emissões diretas e indiretas (escopo 1 e escopo 2) foram de 20 milhões de toneladas de CO2 equivalente, um crescimento de 55% em relação a 2009. O aumento se deve, principalmente, à retomada de operações que foram paralisadas e/ou desaceleradas por causa da crise econômica global; além de expansões de seus negócios, como a inclusão dos ativos de fertilizantes adquiridos recentemente.
A Vale continua pautando sua atuação no compromisso pelo desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. Hoje ela é a única empresa da América Latina no CDLI, Índice de Liderança do Carbon Disclosure Project (CDP), que identifica empresas líderes no gerenciamento de riscos e exposição de carbono. Agora a meta é alcançar padrões de excelência em relação à gestão de emissões de gases de efeito estufa até 2012.
Garantir a disponibilidade energética é a prioridade da Vale alinhada às Diretrizes Corporativas sobre Mudanças Climáticas e Carbono. Em 2010, o consumo total de energia (direta e indireta) foi de 267 terajoules (TJ). O consumo de energéticos de forma direta, 75% do total, foi de 199 mil terajoules (TJ), um aumento de 56% em relação a 2009, principalmente devido ao aumento de produção em 2010 e à aquisição de empresas como a Vale Fertilizantes. A demanda total de energia elétrica foi de 22 terawatts (TWh), sendo 32% (6 TWh) gerados por usinas próprias, geradores térmicos ou cogeração.
Do total da matriz energética da Vale, 25% é abastecido por fontes renováveis, sendo a maior parte de fonte hidrelétrica. Demos continuidade nas pesquisas de geração de energia limpa e energia renováveis que estão sendo desenvolvidas pela Vale Soluções em Energia (VSE) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A Vale também investe em gás natural e biodiesel como substitutos do diesel nas operações. A empresa iniciou na Estrada de Ferro Vitória a Minas a implantação em caráter experimental do Trem Verde, que utiliza a mistura de gás natural e diesel em suas locomotivas, com concentrações do gás variando de 50% e 70% (o gás natural é menos carbono intensivo do que o diesel). Hoje a Vale já usa B5 em suas locomotivas.
Outro passo importante foi a aquisição pela Vale, em 2011, de 70% do controle da Biopalma, no Pará, produtora de óleo de palma, matéria-prima para a produção de biodiesel. A Biopalma começa a produzir óleo de palma ainda este ano, com a expectativa de atingir a produção anual de 500 mil toneladas em 2019. A maior parte do óleo será destinada à produção de biodiesel para a frota de locomotivas, máquinas e os equipamentos de grande porte das operações da empresa no Brasil, usando o B20 (mistura de 20% de biodiesel e 80% de diesel comum).
Pessoas
A Vale fechou o ano de 2010 com 174 mil empregados próprios e terceiros (prestadores de serviço permanentes e em projetos). Isso representa um aumento de 33,5 mil pessoas em relação a 2009, sendo que 40% deste crescimento correspondem aos empregados das empresas adquiridas na área de fertilizantes.
Em 2010, as mulheres representavam 11% dos empregados próprios, característica comum na mineração. Deste contingente, 36% ocupavam cargos de especialistas, 17% de gerentes de área/coordenadoras, 14% em cargos de gerência geral, 9% ocupavam cargos de diretoria e 7% eram técnicas operacionais e 7% eram supervisoras.
A Vale também aposta em novos talentos. Mais de 2.700 jovens participaram do Programa de Formação Profissional no Brasil, sendo 1.556 no Norte do país. Em Moçambique, cerca de 300 aprendizes foram formados em Operação e Manutenção de Mina, Usina e Ferrovia. Em Omã, 64 jovens se formaram para atuar em Operação e Manutenção de Usina. Já o Programa de Especialização Profissional pós-graduou 95 profissionais em Engenheira Ferroviária, Pelotização e Portuária, em parceria com as universidades federais de Ouro Preto (UFOP) e do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Faculdade Univix, no Espírito Santo. Só no Brasil, os investimentos em educação superaram US$ 34 milhões em 2010.
Desenvolvimento Local
O volume de recursos aplicados na área social em 2010 foi de US$ 398,5 milhões, quase o dobro do investido em 2009 como em ações de relacionamento, cultura, educação e infraestrutura. A redução do déficit em infraestrutura urbana e habitacional foi o foco de 202 projetos executivos desenvolvidos ou apoiados pela Fundação Vale em 56 cidades no Pará, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. A expectativa é de que mais de 200 mil pessoas sejam beneficiadas quando as obras forem entregues. Como resultado desse trabalho, os municípios poderão acessar cerca de US$ 400 milhões de recursos federais. Quando concluídas, espera-se que as obras beneficiem mais de 200 mil pessoas.
Em 2010, foram criadas as Fundações Vale na Colômbia e em Moçambique e iniciada a implementação das Fundações na Nova Caledônia e no Chile. Para 2011, está prevista a criação de Fundações na Guiné e na Austrália.
Desenvolvimento de Fornecedores
Foram liberados US$ 129 milhões em crédito para fornecedores da Vale. Esta é uma das ações do programa Inove, cujo objetivo é fortalecer os fornecedores das unidades da Vale no Brasil. Em 2010, o programa firmou parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e agora entra em processo de internacionalização para atender de forma progressiva a todas as regiões onde a Vale opera no mundo.
Saúde e Segurança
O ano de 2010 foi de consolidação do gerenciamento de Saúde e Segurança nas unidades e projetos da Vale no Brasil e sua expansão para unidades e projetos internacionais. A taxa de acidentes com afastamento da Vale caiu 40% entre 2008 e 2010 (de 1,5 para 0,9 acidentes por 1 milhão de homem-horas trabalhadas).
Mais de US$ 100 milhões foram investidos em projetos de melhoria em Saúde e Segurança, a exemplo da implantação de Requisitos de Atividades Críticas (RACs), ferramentas essenciais para eliminar acidentes fatais em operações e projetos. Apesar de todos os esforços e da estratégia de atingir a meta de zero fatalidade, a empresa registrou, em 2010, 11 acidentes fatais nas operações e nos projetos envolvendo empregados e contratados. Além de investir em prevenção, a Vale lançou uma Política de Saúde e Segurança para reforçar seu compromisso com as pessoas.
Meio Ambiente e Biodiversidade
O volume de recursos aplicados na área ambiental em 2010 foi de US$ 737 milhões, valor 27% superior ao montante de 2009.
Além de recuperar as áreas impactadas pelas operações, a Vale protege ou ajuda a proteger quase 11 mil km2 de áreas naturais. Na Reserva Natural Vale, em Linhares (ES), por exemplo, foram catalogadas quase 3 mil espécies de plantas e centenas de espécies animais. No Pará, a Vale ajuda a conservar em parceria com o Governo Federal mais de 8 mil Km2 do chamado Mosaico de Carajás.
Outra preocupação da Vale é com a destinação dos resíduos. Em 2010, foram geradas 446 mil toneladas. Em relação a 2009, a disposição final de resíduos teve maior participação de reciclagem, com aproximadamente 48% de reaproveitamento de materiais.
A emissão total de material particulado foi de 6,6 mil toneladas, um aumento de 29% em relação a 2009, caracterizado, principalmente, pela retomada de produção das usinas de pelotização. A Vale investiu mais de US$ 125 milhões em controles de emissões de particulados só no Complexo de Tubarão, Espírito Santo. Foram conduzidas atividades relacionadas à instalação de três wind fences (barreiras de vento) em 2010, tendo sido uma delas concluída neste período. As barreiras, instaladas nos pátios de estocagem, reduzem a velocidade dos ventos e a emissão de particulados. Até o final do ano serão concluídas as demais, totalizando cinco wind fences instaladas no Complexo. (Ass. de imprensa da Vale)
Por: Da Redação