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Único psiquiatra da cidade pede demissão da Prefeitura de Corumbá

Dr. Mauro Sérgio Pinto (Foto: Capital do Pantanal)

Desde Julho deste ano o psquiatra Mauro Sergio Pinto, que atendia na rede pública de Corumbá, há cinco anos, vem pedindo sua demissão da Prefeitura Municipal da cidade por falta do cumprimento de um acordo que estabelece os honorários médicos ambulatoriais. A Secretaria de Saúde tentou corrigir a situação algumas vezes, mas volta a não cumprir o prometido.

Diante desta situação Mauro Sergio que também atende na Marinha, decidiu se afastar do cargo e as conseqüências começam ser sentidas pelos pacientes, pois, quem tem condições paga R$ 200 por uma consulta particular com o médico no Cemed. Mas, cerca de 4, 5 mil pacientes dos Caps, que tratam nas unidades de saúde mental estão sem medicamentos gratuitos e sem médico, e para piorar o quadro Mauro disse que pessoas que não entendem de psiquiatria estavam interferindo nas suas consultas, “isso é inaceitável”.

Quanto aos pacientes que fazem uso de medicação controlada a situaçao é muito pior, porque terão que suspender o tratamento podendo “surtar”a qualquer momento, “e a falta de medicamentos específicos na farmácia publica acarretava uma serie de complicações. Eu não posso descontinuar um tratamento ou prescrever outra droga para pacientes que vem apresentando melhoras, ou que se adaptaram com certos tipos de remédios. Os efeitos colaterias podem ser devastadores e não somos levianos a ponto de continuar com esta situação”. Entre as doenças mentais tratadas nos Caps os casos mais graves são: Esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar, anorexia, bulimia, perturbação obsessiva compulsiva, fobias, distúrbio do pânico e ansiedade generalizada.

O Ministério da Saúde anunciou no inicio deste ano o envio de recurso para tratamento de doenças psiquiátricas e também desintoxicação de viciados em álcool e drogas, mas o programa não foi efetivado em Corumbá, apesar da ampla divulgação e expectativa gerada em torno do trabalho inovador.

Nesta manhã reportagem procurou o Caps da rua Sete de Setembro, mas a atendente informou que, “o psiquiatra pediu demissão”. Mauro conversou com a reportagem e disse que fica na cidade até janeiro, “recebi uma proposta irrecusável para tomar conta de uma clínica em São Paulo, estou pensando em aceitar”. (Capital do Pantanal)

 

Por: Da Redação

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