O segundo dia do Carnaval Cultural de Corumbá atraiu uma multidão à Passarela do Samba e Praça Generoso Ponce na noite de sábado para domingo na Cidade Branca. E as atrações foram inúmeras. Começou com a nostalgia dos antigos carnavais, com direito a desfile de corso, dos blocos dos Marinheiros e Frevo e a tradicional ala das pastorinhas, e muito samba proporcionado pelos blocos oficiais.
O primeiro a se apresentar foi o Afro Samba Reggae (Olodum) que passou pela Passarela de forma irreverente, fazendo o público cantar e sambar. Este ano, a agremiação fundada em 22 de dezembro de 1994, cantou “O espetáculo vai começar, as cortinas vão se abrir- Vem sambar, vem cantar, com a magia do seu olhar”. O bloco desfilou com 400 componentes.
Quem também levantou o público foi o Flor de Abacate, um dos mais tradicionais da cidade. Fundado em 15 de janeiro de 1966 por estudantes universitários e secundaristas, a agremiação que eternizou o “Boa tarde, boa tarde”, fez uma homenagem a Heloisa Helena da Costa Urt, “Helô a Flor do Pantanal”. E foi no Flor de Abacate que o prefeito folião Paulo Duarte passou pela primeira vez na passarela, algo que será repetido até o último dia do Carnaval Cultural. O Flor desfilou com mais de 800 participantes.
Destaque também para o Vitória Regia, terceiro a desfilar. Desceu com mais de 700 foliões homenageando o Pantanal, a maravilha da flor vitória régia, ritmistas representando os pescadores. Foi fundado em 30 de março de 1995 e é uma das agremiações que representa a parte alta da cidade.
Outra atração foi o Nação Zumbi que reverenciou a cidade cantando o enredo “Como é gostoso viver em Corumbá. O bloco mostrou a paixão do corumbaense pelo carnaval, lembrando que “não importa o lugar, o que o folião deseja mesmo é festejar”. Foi fundado em 1996.
O Oliveira Somos Nós também proporcionou um belo espetáculom cantando “As maravilhas e riquezas do minério em Corumbá”. Se apresentou com 500 foliões e destacou a economia local, focando o “ouro negro – minério – que a natureza nos presenteou”. O bloco foi fundado em 5 de janeiro de 1995.
O Águia da Vila lembrou o seu fundador, Henrique da Silva Martins e encantou os presentes com “Voa a minha Águia”. Se apresentou com 600 foliões que passaram pela Passarela cantando “que maravilha é viver aqui, no coração da capital do pantanal, o seu cenerário é mute cor”. O bloco da mesma região da Escola de Samba da Vila Mamona, foi fundando em 1999.
O sétimo a se apresentar foi o Bola Preta. Passou pela avenida com 500 foliões que homenagearam o Instituto Homem Pantaneirom organização privada, sem fins lucrativos, que trabalha pela preservação pantaneira e fortalecimento da identidade do homem da região. O bloco foi fundado em 15 de janeiro de 1969 e desceu a avenida com cerca de 500 componentes.
Reverenciando sua comunidade, o bloco Arthur Marinho esbanjou alegria, e aproveitou o carnaval para fazer um protesto contra um grave crime ambiental. O seu enredo este ano foi “Queimada não dá samba”. Pregou a preservação e mandou um recado para a nação. A agremiação foi fundada em 1º de janeiro de 2002.
Outro bloco que reverenciou Corumbá foi o Praia, Bola e Cerveja que exaltou seu amor à maior cidade pantaneira com “Corumbá o progresso aqui chegou”. Se apresentou com 450 componentes. O bloco foi fundado em 6 de agosto de 1980.
Os Intocáveis foi outra atração da noite. O bloco, fundado em fevereiro de 1994, reverenciou “A bela idade – vivência, conhecimento, sabedoria…”. Fez uma bela apresentação, empolgando o público presente.
O desfile dos blocos oficiais foi encerrado pelo Clube dos Sem, campeão do ano passado. Fundado em 25 de janeiro de 1990, a agremiação se apresentou com cerca de 700 componentes cantando “Corumbá, Carnaval no Pantanal”.
Por: Da Redação