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Safári no Pantanal: Beatriz Rondon é ouvida pela Polícia Federal

 

A ambientalista Beatriz Rondon foi ouvida na tarde desta segunda-feira, 15, pela Polícia Federal, para prestar esclarecimento sobre os safáris de caça as onças que ela promovia aqui no Pantanal.

De acordo Alexandre do Nascimento, delegado da Polícia Federal responsável pelas investigações, o depoimento durou cerca de quatros horas, “ela contou fatos que foram importantes para esclarecimento de alguns fatos que pudemos ver na filmagem, além de passar maiores informações que foram essenciais para o avanço da investigação”.

A pecuarista é a primeira de uma série de testemunhas que serão interrogadas, “ainda serão ouvidas mais cinco pessoas, entre elas os dois americanos que apareceram no vídeo”, contou ao Capital do Pantanal Alexandre.

As investigações devem demorar mais uns 30 a 40 dias para que a investigação seja encerrada.

O caso

A fazendeira Beatriz Rondon foi presa no dia 29 de julho, em flagrante por posse de arma de fogo. Ela é suspeita de fazer parte de uma quadrilha que organizava safáris de caça a onças no Pantanal.

Um vídeo foi utilizada nas investigações, as imagens mostram os turistas caçando onças no Pantanal de Mato Grosso do Sul revela que o esquema dos safáris era muito organizado. Segundo informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), argentinos, paraguaios, americanos e russos já estiveram na região caçando. E a matança era a atração.

As onças eram os maiores troféus, mas as imagens revelam a matança de outros animais silvestres. Ambientalistas se chocaram com a crueldade. A pecuarista Beatriz Rondon aparece ao lado do animal agonizante.

Passado

A proprietária da fazenda Santa Sofia, Beatriz Rondon, recebeu no dia 23 de maio mais uma multa emitida pelo Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A fazendeira foi autuada por caça profissional e danos à unidade de conservação. A multa adicional somou R$ 115 mil.

Beatriz já há havia sido multada em R$ 105 mil por abate de animais ameaçados de extinção, durante a “Operação Jaguar II” no início do mês. Até agora, as multas à proprietária da unidade chega a R$ 220 mil.

Segundo informações do Ibama, o valor foi aplicado com base nos artigos 97 e 91 do decreto 6514, de 2008. O primeiro estabelece R$ 15 mil em decorrência de caça profissional e a segunda no valor de R$ 100 mil, sob a penalidade de danos à unidade de conservação.

As multas foram definidas pela divisão de proteção ambiental do Ibama em Brasília (DF). A Fazenda Santa Sofia é considerada uma reserva estadual particular do patrimônio natural e está localizada no Pantanal do Rio Negro, em Mato Grosso do Sul. (Capital do Pantanal)

 

Por: Da Redação