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Prefeitura de Corumbá quer uma solução definitiva para a Santa Casa

Em Campo Grande, reunião de Ruiter foi com equipe da secretária Beatriz Dobashi (Divulgação)

O prefeito Ruiter Cunha de Oliveira quer solucionar de vez os problemas da Santa Casa de Corumbá. O maior hospital público da região pantaneira é administrado por uma Junta Interventora desde maio de 2010, quando as prefeituras de Corumbá e Ladário e a Secretaria Estadual de Saúde assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público Estadual (MPE). Ao longo desses dois anos e cinco meses de intervenção, várias melhorias foram realizadas na parte estrutural e profissional da unidade médica. Entretanto, a dívida acumulada pelas gestões anteriores – estimadas em mais de R$ 30 milhões – tem dificultado novos investimentos.

O bloqueio de recursos e as penhoras conseguidas pelos credores na Justiça atrasam a realização de obras essenciais, que vão dotar a Santa Casa corumbaense de serviços de média e alta complexidade. Na semana passada, Ruiter se reuniu com a secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, para tratar desses assuntos. “A secretária chamou todo seu corpo técnico, colocou à disposição da Prefeitura, junto com a consultoria para estar especificamente discutindo a questão do hospital. Todas elas, desde qual seria o remédio jurídico para definição do assunto: se desapropria, criasse uma fundação, pública ou privada, a municipalização, ou se vai devolver para a iniciativa privada. Todas essas questões foram abordadas”, detalhou o prefeito de Corumbá.

Entretanto, uma conclusão somente será tomada após o período eleitoral. “Eu pedi esse auxilio, que vai nos oferecer maior subsídio para que tenhamos condição maior de decisão. Também pedi que isso fosse feito depois das eleições para que possamos envolver também a futura administração. Seria justo tomarmos uma decisão que vai impactar o futuro da cidade de forma conjunta”, continuou Ruiter. A implantação dos serviços de hemodinâmica, ressonância magnética, tomografia computadorizada e da UTI Neonatal, todas as ações já desencadeadas pela Prefeitura.

“Somos uma macrorregião e, portanto, é responsabilidade do Governo Federal, do Governo Estadual também apoiarem os projetos que objetivem a melhoria, a qualificação e o incremento dos serviços de média e alta complexidade na cidade. Além daquilo que já foi definido e estamos terminando, solicitamos que outros serviços sejam colocados a disposição do hospital”, continuou o chefe do Executivo corumbaense. De imediato, o objetivo do prefeito é implantar no setor de oncologia do hospital o tratamento de radioterapia. Hoje a unidade já oferece a quimioterapia, o que poupa centenas de pacientes de se deslocarem até a Capital em busca desse serviço.

Durante toda a fase de implantação da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia, iniciada em 2006, a Prefeitura bancou sozinha a realização dos serviços. Depois, em 2009, a Secretaria Estadual de Saúde também firmou convênio com a Rede Feminina de Combate ao Câncer e, em outubro de 2011, a unidade foi finalmente credenciada pelo Ministério da Saúde, o que garantiu, desde então, repasses financeiros importantes para o custeio do serviço. “Hoje a Saúde não tem como não ser regionalizada, não tem como não ser compartilhada entre todas as esferas de governo, e a legislação define isso. E é assim ela tem que ser tratada, com todos objetivando um bem comum”, prosseguiu Ruiter.

 

Por: Da Redação

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