Corumbá

Queimadas: rede de proteção da Serra do Amolar apóia a brigada federal

Presidente do Ibama, Volney Zanardi, com vice-prefeita Márcia Rolon, Ângelo Rabelo e Viviana Fonseca, do IHP, e o superintendente do Ibama/MS Márcio Yule

 

Presidente do Ibama, Volney Zanardi, com vice-prefeita Márcia Rolon, Ângelo Rabelo e Viviana Fonseca, do IHP, e o superintendente do Ibama/MS Márcio Yule

Por meio do IHP (Instituto do Homem Pantaneiro), que integra a Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar, a brigada federal de prevenção e controle aos incêndios florestais, criada em Corumbá pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), terá uma base de apoio para auxiliar nas operações de combate às queimadas na planície pantaneira.

A base será instalada na antiga fazenda Serra Negra, a cerca de 200 km pelo Rio Paraguai de Corumbá, “local estratégico para um a ação rápida dos brigadistas e com estrutura de equipamentos e trilhas para facilitar o pronto combate aos focos em locais de difícil acesso”, na avaliação do superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Márcio Yule, ex-coordenador regional do Prevfogo.

Experiência

O superintendente do Ibama visitou a Serra Negra, que dispõe inclusive de pista de pouso para pequenas aeronaves, na companhia do coronel Ângelo Rabelo, do IHP, no último sábado, 6. Ele destacou como fundamental a integração da brigada com a rede, que já tem experiência em ações de enfrentamento ao fogo e conhecimento da extensa região, que concentra complexa e diversificada biodiversidade.

“A base nos permitirá manter a brigada no período crítico, monitorar a área e criarmos um plano operativo e um manual de procedimentos para a serra e seu entorno e, assim, termos o controle da situação”, disse Márcio Yule. Para o coronel Ângelo Rabelo, a rede disponibilizará ao Ibama não apenas estrutura, mas a experiência de três anos combatendo com eficiência o fogo no Amolar.

A Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar é um modelo único de gestão compartilhada no Brasil. Abrange um mosaico de áreas protegidas, de 280 mil hectares, incluindo o Parque Nacional do Pantanal, as RPPNs Eliezer Batista (do grupo EBX, gerenciada pelo IHP), Acurizal, Rumo ao Oeste, Doroché e Penha e a Fazenda Santa Tereza, com o apoio do Instituto Chico Mendes e Instituto Acaia.

Ação conjunta

O apoio do terceiro setor e da iniciativa privada reforça os objetivos do programa nacional de combate e prevenção aos incêndios, segundo seu coordenador, Rodrigo Matos Faleiros, que participou do lançamento das brigadas federais em Corumbá, na segunda-feira, ao lado do presidente do Ibama, Volney Zanardi Junior. “Temos que pensar no fogo antes que ele aconteça, com prevenção e manejo”, disse.

A capacitação, os novos equipamentos e a experiência de campo dos 35 brigadistas que integram o esquadrão de Corumbá não seriam suficientes, segundo Rodrigo Faleiros, para enfrentar o fogo numa região com maior incidência de focos. Com a parceria da rede, frisou ele, “é possível pensar estratégias de ação em conjunto, integrando esforços e experiências para uma resposta imediata (aos incêndios)”.

 

Por: Da Redação