A restauração de pavimento e implantação de acostamentos na BR-262, entre os municípios Anastácio, Miranda e Corumbá, deve gerar diversos impactos ambientais e sociais na região. Para que as obras nos 284,2 quilômetros não tragam prejuízos e a população local possa usufruir do legado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estabeleceu programas ambientais que devem ser executados durante todo o período de recuperação da rodovia, previsto até maio de 2012.
A responsabilidade por elaborar, supervisionar e executar os programas previstos para a BR-262 é do Instituto Tecnológico de Transporte e Infraestrutura (ITTI), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), conveniado ao Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT).
Entre os dias 7 e 11 de outubro, duas pedagogas do ITTI-UFPR visitam as três cidades envolvidas na obra para selecionar articuladores para o desenvolvimento local do programa de educação ambiental. O objetivo principal é disseminar conceitos básicos de educação ambiental às comunidades lindeiras, aos trabalhadores da obra, aos profissionais de educação das escolas selecionadas.
Preocupação ecológica
Uma equipe do ITTI-UFPR já esteve em julho no trecho entre Anastácio e Corumbá para mapear características e demandas sócio-ambientais da região. O diagnóstico aponta que os principais problemas ambientais são o atropelamento de fauna na rodovia, a destinação incorreta do lixo, a prática de queimadas, a falta de saneamento e a poluição dos rios. Os dados colhidos são base para as ações ambientais que estão sendo executadas no trecho.
A título de exemplificação, desde que o período de monitoramento de atropelamento de fauna na região foi iniciado, em junho deste ano, já foram mapeados atropelamentos de 43 espécies de anfíbios, 35 de répteis, 266 de aves e 44 de mamíferos não voadores, sendo que entre os animais atropelados estão espécies estão ameaçadas de extinção. Segundo a bióloga Marcela Barcelos Sobanski, responsável pelo monitoramento de fauna na região, que deve ser realizado até junho de 2012, os estudos de atropelamentos de fauna são ferramentas fundamentais para o estabelecimento de estratégias de conservação de espécies e ambientes, uma vez que possibilitam o reconhecimento de tendências em períodos de tempo maiores. “A redução dos casos de atropelamentos deve ser trabalhada com base em um conjunto de medidas que envolvem o controle da velocidade de tráfego dos veículos, o aumento da permeabilidade da rodovia [ou seja, mecanismos para facilitar a travessia dos animais] e ações educativas”, explica.
Além do monitoramento de atropelamento de fauna, entre os programas em andamento estão: a recuperação de áreas degradadas, a prevenção de processos erosivos, os gerenciamentos de resíduos sólidos e efluentes líquidos, a gestão de desapropriações e indenizações, além do monitoramento da qualidade da água. (Assessoria em Comunicação)
Serviço
07/10/11 – Visita a Corumbá: Porto seco, órgãos do poder público, empresas de turismo e transportes, comunidades e escolas.
08/10/11 – Continuação da visita em Corumbá: escolas e comunidades.
09/10/11 – Visita a Miranda: canteiro de obras, órgãos do poder público, comunidades e escolas.
10/10/11 – Visita a Anastácio: órgãos do poder público, escolas e comunidades.
Por: Da Redação