A Prefeitura de Corumbá segue firme em seu propósito de garantir não só a água para a produção agrícola, mas também água potável para o consumo humano nos assentamentos rurais do Município.
Na segunda-feira, 04, à tarde, a diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, Luciene Deová de Souza, e a assessora jurídica da Secretaria de Produção Rural, Cláudia Vinagre, estiveram reunidas com técnicos da Embrapa Pantanal, na sede da autarquia em Corumbá. Na pauta da discussão, as alternativas para o abastecimento de água em todos os assentamentos rurais da região.
Segundo Luciene, o saldo da reunião não poderia ser mais positivo e isso foi expresso no compromisso da Embrapa em construir, juntamente com a Prefeitura, um Termo de Referência para a elaboração de projetos de abastecimento nos assentamentos utilizando as águas fluviais da região. Em outras palavras, será formulado um documento com definições dos projetos a serem executados, com prazos de execução, custo total necessário e critérios legítimos de avaliação das empresas habilitadas para a execução dos sistemas de abastecimento.
“Sentimos não só a preocupação da Embrapa com o tema, mas também a vontade de realizar, juntamente com a prefeitura, um projeto de abastecimento coerente e sustentável. Até porque não basta captar recursos, temos de ter um projeto viável e ‘pé no chão’”, explicou.
A bacia do Rio Paraguai e o Canal do Tamengo foram as opções de captação de água mais discutidas no encontro entre técnicos da Embrapa e da prefeitura. No entanto, o tema ainda carece de muita pesquisa e análise. “Agora vamos resgatar alguns estudos realizados no passado, confrontá-los com os mais atuais para ter uma análise mais acurada da viabilidade desse abastecimento fluvial da região, seja para irrigação ou consumo humano”, diz.
Esse trabalho será realizado pela Comissão para Abastecimento de Água nos Assentamentos, criada pela atual administração municipal para dar mais celeridade à resolução do problema de falta de água nas áreas rurais.
A comissão conta com representantes da Fundação do Meio Ambiente do Pantanal, da Secretaria de Produção Rural, da Embrapa, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, do Incra e da Câmara dos Vereadores. “Após conclusão desse estudo, desenvolveremos juntamente com a Embrapa o Termo de Referência para a elaboração dos projetos”, acrescenta.
Águas pluviais
Enquanto os projetos de abastecimento com águas fluviais, mais complexos e onerosos, seguem sob pesquisa e desenvolvimento, os de águas pluviais (da chuva) aparecem como a opção de curto prazo.
Durante a reunião, as cisternas foram apresentadas como as alternativas mais imediatas para o problema do abastecimento nessas regiões. Dentre os benefícios desses equipamentos estão o aproveitamento da água da chuva não apenas para a irrigação das lavouras, mas também para o consumo (alimentação, limpeza).
“Discutimos a ampliação da quantidade de cisternas nos lotes e a Embrapa disponibilizou técnicos para nos auxiliar na assistência técnica nos assentamentos”, disse Luciene.
Por fim, a diretora-presidente da Fundação do Meio Ambiente do Pantanal destacou também a disposição da Embrapa em auxiliar a prefeitura na identificação das culturas mais apropriadas em cada assentamento, conforme aptidão agrícola de cada região.
O próximo encontro entre técnicos da prefeitura e da Embrapa já foi pré-agendado e discutirá os resultados de estudos e levantamentos técnicos para um posterior desenvolvimento de projetos de abastecimento. “Certamente agregará muito o apoio e conhecimento de pesquisadores que atuam na região e já conhecem a realidade local de Corumbá e do Pantanal”.
Por: Da Redação