Corumbá

PMA é acusada de cercear população tradicional do seu direito de sobreviver

 

O diretor da Ong ECOA, André Siqueira, denunciou que em operação de fiscalização no mês de dezembro na região da Serra do Amolar, em Corumbá, a Polícia Militar Ambiental (PMA), “mostrou que ainda existe uma lacuna entre a defesa do patrimônio pantaneiro e o respeito aos direitos constitucionais dos povos tradicionais do Pantanal”.

Segundo relatou Siqueira no site da organização não-governamental, “abordados dentro de sua própria casa por um soldado do batalhão da PMA, a moradora da comunidade tradicional da Barra do São Lourenço, Dona Joana Batista e seu marido José Catarino, foram autuados pelo direito da pesca de subsistência, direito esse resguardado às populações tradicionais no País”.

Acrescentou o ambientalista: “por estar limpando 12 “pacus pevas” (Milossomas sp.), pescado de bote próximo a sua casa e dois pacus (Piaractus mesopotamicus) pequenos pegos pelas crianças no barranco, com linha de mão, utilizando manga como iscas, seu José Catarino teve manchado seu registro de pesca – autuado com multa, e sua casa revistada pelos policiais”.

Conforme André Siqueira “é inacreditável que comunidades tradicionais, conhecidas em todo território pela função que exercem na região, parceiras de ONGs e governo nas diferentes esferas, ainda tenham que passar por abuso e ignorância da lei e de seus direitos – de subsistência e sobrevivência”. (Reportagem Capital do Pantanal)

 

Por: Da Redação