É indiscutível o valor dos cabelos para uma mulher, refletindo diretamente em seu humor e até mesmo autoconfiança. Por isso, quando por decorrência de doenças como o câncer as madeixas começam a cair, elas costumam se sentir impotentes e tristes. Em Corumbá, uma parceria entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Rede Feminina de Combate ao Câncer, firmada nessa quinta-feira (7.12), busca elevar a autoestima de pessoas que estão enfrentando este problema: perucas serão confeccionadas por detentas e entregues a mulheres assistidas pela instituição beneficente.
Conforme o convênio, inicialmente, as perucas serão confeccionadas no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ), na capital, onde já existe um trabalho neste sentido. A intenção é que a ação seja estendida à unidade prisional de Corumbá, com estruturação de um espaço próprio e capacitação de custodiadas. Além de Campo Grande, atualmente o projeto de confecção de perucas é realizado também em presídios femininos de Três Lagoas e Dourados.
Durante a assinatura do termo de cooperação mútua, na sede da Associação em Corumbá, o secretário da Sejusp, José Carlos Barbosa, afirmou que a ação acaba unindo dois grupos em situação de vulnerabilidade: as detentas e as mulheres que enfrentam o câncer. Na oportunidade, o secretário também fez a entrega de um veículo à Rede Feminina, oriundo de recursos de emenda parlamentar.
De acordo com a presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, em Corumbá, Sabina Acosta da Costa, para as primeiras produções foram arrecadados cerca de 50 kg de cabelo humano. “E estamos muito felizes com essa parceria, faz muita diferença na vida de uma mulher ela se sentir bonita e o cabelo é muito importante neste sentido, acaba influenciando até no sucesso do tratamento”, agradeceu.
O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira chaves, também comemorou mais esta ação positiva desenvolvida pelo sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul. Segundo ele, além da confecção de perucas, são vários os projetos desenvolvidos com mão de obra prisional que beneficiam diretamente a população. “Temos produções de brinquedos para ceinfs; parques de diversão feitos com pneus; reformas de escolas públicas; hortas sociais, cujas hortaliças atendem a instituições sociais; reformas de bicicletas para doar a crianças carentes, entre outros”.
O projeto Banco de Perucas é coordenado pela Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen, através das direções e setores de trabalhos dos presídios. Os cabelos entregues pela Rede Feminina de Combate ao Câncer de Corumbá já estão na capital para início dos trabalhos. (Agepen/MS)