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Pecuaristas perdem gado por causa do tempo seco em Corumbá

Depois da cheia no Pantanal, agora é a seca que tem trazido prejuízo aos produtores da região de Corumbá. Com a falta de pasto, muitos animais estão morrendo de fome.

Foram semanas de muito trabalho para salvar os rebanhos da cheia. Nos meses de maio e junho, as comitivas conseguiram chegar com o gado nas partes altas, mas muitos animais não resistiram e ficaram pelo caminho, ou foram arrastados pela força das águas.

Sobre o pasto seco, é possível encontrar carcaças de animais. A paisagem amarelada é reflexo da estiagem e de muito calor. O pasto virou um capim seco, que não é suficiente para alimentar o gado. As temperaturas chegam aos 40 graus na sombra.

“Esse capim contém muito pouco nutriente para o gado. O animal está vindo de uma região de cheia severa, está magro e precisando recuperar forças. Dificilmente ele vai conseguir ingerir o capim se não foi feita uma suplementação”, explica José Aníbal Comastre Filho, pesquisador da Embrapa Pantanal.

Não chove há mais de 100 dias nas partes altas da região pantaneira de Mato Grosso do Sul, e em algumas propriedades o problema foi agravado pelas queimadas. Muitas propriedades que estão na planície, nas partes mais baixas, ainda estão embaixo d’água. Onde é possível ver o pasto, o capim está muito seco e não é suficiente para a quantidade de animais retirados das fazendas alagadas.

Trabalhadores rurais percorrem a propriedade para tentar encontrar uma área com alimento mais verde onde o gado possa se alimentar. Enquanto andam pelo campo, contabilizam as perdas do patrão. “Meu patrão perdeu mais ou menos umas 40 cabeças, o prejuízo é grande”, conta o peão Luciano de Lima.

Merci Vilela tem uma fazenda no Pantanal da Nhecolândia – região que ainda tem áreas alagadas. Teve de manejar o gado para áreas mais altas. O pecuarista calcula os prejuízos com essa diversidade entre seca e cheia. “Emagreceu muito o gado, o problema é que está faltando pasto porque a enchente não passou e a seca está perdurando”, conta.

A recomendação dos pesquisadores é investir na suplementação dos animais, pelo menos enquanto a chuva não chegar. (TV Morena)

 

Por: Da Redação

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