Na noite desta terça-feira, 25, ocorreu o primeiro debate envolvendo os candidatos à prefeitura de Corumbá. O evento, realizado no auditório da Faculdade Salesiana de Santa Teresa, contou com as presenças de Paulo Duarte (PT), Elano Holanda (PPS), Solange Ohara (PMDB) e Marco Antônio Monje (PSTU). Ex-aluno do Santa Teresa, Paulo se mostrou emocionado por regressar a um lugar que fez parte de sua história. “Essa é a escola onde me formei e muito do que levo da vida foi fruto da Escola Santa Teresa. Nunca imaginei que pudesse voltar um dia aqui como candidato a prefeito da minha terra”. Durante o debate, Paulo refutou os ataques com fatos e números: “Há apenas 10 anos as pessoas vinham para cá de balsa, também não tinha um metro sequer de saneamento básico, além de um grande déficit habitacional”, relembrou. “Hoje vamos chegar a 80% de saneamento básico, 2 mil casas construídas, ou seja, a infraestrutura está preparada. Agora é fortalecer a governança municipal para cuidar melhor das pessoas”, acrescentou. “Em 1991, 19% da população de Corumbá era de indigentes (que vivem com menos de 25% de salário mínimo). Hoje temos 14,5 mil pessoas na faixa da indigência e vamos trabalhar para reduzir ainda mais esse índice. Queremos que nossas obras melhorem a qualidade de vida das pessoas”.
Educação
Indagado sobre a educação, Paulo Duarte falou sobre seu intuito de investir no ensino integral. “Vamos investir muito em educação, aumentando o número de escolas integrais. Hoje são 23 escolas – 17 na área urbana e 6 na rural, sendo três em tempo integral”, disse. “Vamos atuar da pré-escola à universidade, pois queremos fazer grandes parcerias com a comunidade acadêmica, que é um centro de conhecimento, que pode nos ajudar no desenvolvimento de políticas públicas, no meio ambiente, biodiversidade, cultura, educação”, acrescentou. “Queremos também fortalecer o professor para continuarmos tendo o melhor salário do Mato Grosso do Sul”.
Investimentos
A respeito dos investimentos, Paulo disse não só onde irá aplicar recursos nas diversas áreas de sua gestão, mas também como pretende trazer esses recursos à Corumbá. “Hoje 17% dos recursos são aplicados na área da saúde; 30% em educação. Diversos projetos estruturantes foram realizados ao longo dos últimos 7 anos e meio. Em parceria com o Governo Federal, muito se evoluiu em saneamento básico, moradia, educação, cultura”, disse. “O que faremos é ir além da nossa responsabilidade, ir além da administração. Vamos investir ainda mais do que isso. E vamos investir porque temos parcerias. A nossa candidatura tem apoio político, tem capacidade, competência e articulação política. A grande maioria dos deputados estaduais nos apoiam; seis dos 8 deputados federais do Estado; além da presidenta Dilma, do senador Delcídio. E o setor privado terá de investir também na nossa cidade”, falou. “Aqui não tem salvador da pátria, faremos tudo isso com responsabilidade e humildade, com a ajuda de parceiros, com apoio, com trânsito político, conhecendo os caminhos, conhecendo os ministérios”.
Obras
Questionado por Monje sobre os benefícios que trouxe para Corumbá, Paulo foi categórico: “Convido o Monje a andar pela cidade. Se ele caminhar na (rua) 13 de Junho, ele não cairá mais no buraco, pois há uma ponte hoje ali; se andar na alameda São José, não vai dar mais de cara com o brejo que havia no local; vai encontrar também a Praça do Sesi, 33 mil metros quadrados de lazer e entretenimento, construída sem um tostão do dinheiro público, mas com parcerias com o Sistema S”, falou. “Só não vê quem não quer. E isso tudo se faz assim, com humildade e articulação política”.
Acessibilidade
No bloco das perguntas enviadas pelo público e selecionadas pelo comitê organizador, uma das questões de um cidadão foi endereçada ao candidato Paulo Duarte. O tema: acessibilidade. “A falta de acessibilidade é um problema nacional e não é por falta de leis. Nossa proposta é dar o devido respeito a todos e a todas. E quem tem de dar exemplo é o poder público em todas as esferas, municipal, estadual e federal”, falou. “Prédios públicos, ônibus, temos de inserir essas pessoas, que tem algum tipo de deficiência na sociedade, até porque são cidadãos que pagam seus impostos em dia e tem direitos. E não serão tratados como cidadãos de segunda classe na minha administração”, acrescentou. “Os prédios públicos municipais deverão e terão acessibilidade. O transporte coletivo terá de ser de qualidade e acessível. Que os ônibus disponham de elevadores, para que o cadeirante não passe pelo constrangimento de ser carregado para entrar no ônibus coletivo. Vamos cumprir a legislação que dá esse direito à população que tem algum tipo de deficiência”, finalizou.
Saúde
O candidato Paulo Duarte fez questão de citar os desmandos cometidos pela administração da Santa Casa de Corumbá antes da intervenção judicial. “Primeiro, a saúde pública é problema nacional. E solução de problema não é retorica. A Justiça decretou intervenção no hospital municipal de Corumbá por má gestão, falta de capacidade de pagamento, dívidas de R$ 30 milhões de reais. Precisamos tratar esse assunto com seriedade”, disse. “A saúde de Corumbá saiu da UTI, ela estava na UTI há dois anos, com dívidas de R$ 30 milhões e má gestão”, acrescentou.
Paulo foi além: “Vamos investir na prevenção, aumentando a rede, que hoje atende 55% da população, para 85%, melhorando e humanizando o atendimento nas 19 unidades de saúde, dando condições ao profissional da saúde de um bom atendimento, investindo nas UPAs, uma delas está sendo construída no bairro Guatós e vai desafogar o Pronto-Socorro”.
Pilares de governo
Paulo destacou as diretrizes que sustentam seu plano de governo. “São três pilares: educação, saúde e desenvolvimento sustentável, ampliando nossa base econômica que não pode depender só da mineração. Vamos apostar também nos free shops, agricultura e pecuária, desde o assentamento até a grande produção. Nossos compromissos não são pessoais, são feitos com a população e ouvindo os técnicos de cada área”, acrescentou. Na parte final do debate, Paulo Duarte agradeceu ao candidato Elano, que fez uma menção elogiosa ao trabalho do deputado na Assembleia Legislativa. “Agradeço ao Elano, que aprovou meu mandato. Fui eleito duas vezes e quem se reelege é porque a população aprova o seu mandato”.
Discurso final
Nas considerações finais, Paulo Duarte agradeceu a Deus, falou sobre o amor que nutre por Corumbá e fez seu discurso mais emocionado. “Amor não é só palavras, é atitudes. Esse amor demonstrei com trabalho, como secretário de estado e deputado estadual”. E não se esqueceu das pessoas que o apoiam nesta caminhada. “Quero agradecer a minha mulher, meus filhos, minha nora, nossa vice, Márcia Duarte, nossa equipe de trabalho. Estou dizendo porque eu quero ser prefeito e como eu posso fazer. E tenho serviços prestados. E acredito em parceria, trabalho com humildade. Não tem salvador da pátria”, falou. “Chegamos aqui felizes, com o aprendizado do respeito. Aprendi o respeito com meu pai, que teve a honra atacada nesta campanha, e me formei em economia, sou pós-graduado em gestão publica, trabalho desde os 16 anos de idade”, diz. “Não sou um profissional da política, sou concursado e minha história fala por mim. Por isso estou aqui, não só na retórica, mas com atitudes. Quero e vou ser prefeito pra fazer o melhor para Corumbá. Estou muito feliz, a vida nos ensina. As pessoas felizes olham para o seu passado com gratidão, vivem seu presente com alegria e encarem seu destino sem medo”.
Aclamação popular
Ao fim do debate, na saída do auditório, o nome de Paulo Duarte foi o mais aclamado. Militantes e apoiadores cantavam o jingle da campanha do candidato e celebravam seu bom desempenho. Paulo comemorou junto com a militância, porém lamentou o baixo nível dos discursos dos adversários. “Infelizmente os outros optaram por denegrir a imagem de Corumbá, chegando ao absurdo de dizer que a cidade é um caos. Mas as obras que trouxe para cá ninguém contestou, o Viaduto da 13, o Anel Viário, a Praça do Sesi e outras tantas”, acrescentou. Sobre o apoio recebido no final do debate, Paulo demonstrou toda sua gratidão e resumiu da seguinte forma: “O corumbaense não vota, ele apoia”. (Informações da Assessoria de Imprensa)
Por: Da Redação