Corumbá

Paulo Duarte decreta situação de emergência na ponte do Morrinho

Novo choque causou mais danos à ponte sobre o Rio Paraguai (Arquivo PMC)

 

Novo choque causou mais danos à ponte sobre o Rio Paraguai (Arquivo PMC)

O prefeito Paulo Duarte decretou situação de emergência por 180 dias na ponte sobre o Rio Paraguai, localizada na região do Morrinho, BR 262, 70 quilômetros de distância da área urbana de Corumbá, em razão do ocorrido no último dia 26 de agosto, quando uma embarcação colidiu com um dos pilares, danificando a estrutura da ponte, colocando em alerta o tráfego de veículos no local.

O decreto de nº 1.420, de 1º de setembro 2014, foi publicado no Diário Oficial do Município dessa terça-feira, 02, (http://do.corumba.ms.gov.br/). A decisão já havia sido anunciada pelo próprio prefeito na manhã de segunda-feira, 01, tendo em vista que a ponte é a única ligação terrestre de Corumbá com as demais regiões do País, “causando insegurança para todos que chegam ou saem de Corumbá, visto que pode ocasionar acidente de graves proporções”, justificou.

Lembra também que, em 2011, quando uma outra embarcação colidiu com um dos dolfins da ponte, o trânsito ficou prejudicado, causando problemas até mesmo de abastecimento na cidade. Dianate de tudo isto, ele tomou a decisão pelo fato de que o “Poder Público deve adotar medidas acautelatórias que permitam o atendimento às necessidades temporárias de excepcional interesse público para restabelecimento da normalidade”.

Antes de decretar situação de emergência na ponte, o prefeito se encontrou com o secretário estadual de Obras Públicas e Transporte, Edson Girotto, ao qual solicitou recuperação dos danos causados pelo acidente da semana passada. Recebeu a informação de que os reparos necessários já estão ocorrendo e que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já se comprometeu em reconstruir o dolfin.

Parecer

Este é o segundo acidente no local. Dessa vez, uma embarcação de lorigem paraguaia, com seis barcaças, colidiu com um dos pilares de sustentação da ponte, recuando sua mureta de proteção em aproximadamente 20 centímetros. A defesa Civil de Corumbá fez um levantamento minucioso no local e emitiu parecer que foi encaminhado ao Gabinete do Prefeito.

A colisão ocorreu na madrugada do dia 26 de agosto. A situação de emergência terá vigência pelos próximos 180 dias e o decreto assinado pelo prefeito, autoriza a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem sob a coordenação da Defesa Civil de Corumbá, nas ações necessárias.

Além disso, a equipe da Defesa Civil vai realizar avaliações periódicas no local, emitindo pareceres sobre os danos encontrados, bem como sobre os trabalhos que estão sendo realizados, visando a recuperação dos danos causados.

A colisão ocorreu por volta das 03 horas da madrugada do dia 26. O desastre foi provocado por uma embarcação de bandeira paraguaia, composta por seis barcaças carregadas com farelo de milho que se encontrava ancorada em uma das margens do Rio Paraguai, na região de Porto Morrinho. A embarcação soltou-se e ficou à deriva, atingindo um dos pilares de sustentação da ponte.

A ponte, em concreto armado, possui 2.185,7 metros de extensão. O impacto deslocou parte da superestrutura da ponte entre os pilares P3, P4 e P5, no sentido rio abaixo, em cerca de 20 cm, danificando também os aparelhos de apoio das vigas, que funcionam como equalizadores.

Em razão do desastre, o trânsito está prejudicado, o tráfego de carretas com cargas e de outros veículos pesados, está interrompido, conforme anunciou a empresa que administra aquele trajeto. O transporte aquaviário está sendo monitorado pela Marinha do Brasil e a Capitania Fluvial do Pantanal já abriu inquérito para apurar causas e responsabilidades do acidente.

A BR 262 é o único acesso rodoviário ao Município de Corumbá, e o colapso na estrutura de sustentação da ponte afeta de forma negativa a cadeia econômica do município em várias áreas, como o abastecimento de produtos de consumo diversos, transporte de minério, atividades turísticas, entre outros, caminhando para uma desassistência à população pantaneira.

 

Por: Da Redação