Corumbá

Paroquiana de Corumbá, diz que golpe foi ‘balde de água gelada’

 

Foi um ‘balde de água gelada’ para paroquianos de uma igreja católica de Corumbá, a notícia do golpe aplicado por uma mulher de 44 anos que levou R$ 120 mil de romeiros que iriam para Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP). A mulher era coordenadora da Legião de Maria, organizava a viagem há quatro anos e deixou uma carta, pedindo desculpas às vítimas.

A definição foi dada por uma 168 das vítimas que deram dinheiro para participar da romaria. O caso foi registrado na Polícia Civil como estelionato. A mulher era responsável pelas viagens e outras atividades na igreja. “Ela tinha uma função boa na igreja, fazia sorteios e rifas para levar às pessoas carentes. Foi um balde de água gelada”, disse uma dona de casa de 44 anos, que entregou no total, R$ 600, em parcelas divididas em dez meses. “Todo mundo confiava”, relata.

Os fieis, de acordo com a dona de casa, ficaram indignados quando o marido da suspeita leu, durante uma missa realizada na última terça-feira (28), a carta de confissão deixada pela organizadora da excursão. “A gente achou que era uma brincadeira”, disse. Na carta, a mulher diz: “Não tenho e nem posso pedir perdão, pois o que fiz é imperdoável. Caí na tentação do dinheiro e prejudiquei a todos”.

Marido e filho de 20 anos foram deixados para trás pela suspeita. “Eles não tinham nada a ver com isso. A culpada é ela. Ela que é o pivô de tudo. E agora ele (o marido) que tem que ficar dando explicação”, disse a vítima.

A dona de casa suspeita que a mulher tenha gastado o dinheiro no decorrer do ano e arquitetado a fuga. “Ela recebeu dinheiro até a última prestação para fugir. Isso foi bem planejado”, conta a vítima.

Investigação

O caso é apurado pela delegada da 1ª DP de Corumbá Elaine Benicasa. Segundo a polícia, há indícios de que a mulher tenha realmente premeditado o crime, tendo em vista que várias outras viagens já haviam sido organizadas em anos anteriores. “Ela sabia o valor que pode dar uma excursão desse calibre, com quatro ônibus lotado de pessoas pagando R$ 600 cada”, explica Elaine.

Inicialmente foi solicitada uma relação de todas as vítimas para serem incluídas no boletim de ocorrência que serão ouvidas pela polícia. Ainda não há informações sobre o paradeiro da suspeita. (G1-MS)

Confira a carta:

arta de coordenadora foi lida pelo marido em missa no dia 31 de maio (Foto: Reprodução)

 

 

Por: Da Redação