O primeiro dia de paralisação da Polícia Federal tem 350 policiais de braços cruzados em Mato Grosso do Sul nesta terça-feira.
Na superintendência da PF em Campo Grande, cerca de 100 policiais entregaram armas, distintivos e algemas. Eles também utilizam faixas no prédio como forma de protesto.
Na Capital e em Dourados, a corporação interrompeu as atividades. As operações estão canceladas, bem como o serviço de inteligência.
Os serviços de porte, registro de arma e passaporte são analisados baseados na emergência e caso a caso.
Em Corumbá e Ponta Porã, policiais federais realizam operação padrão, o que deixa os procedimentos lentos e burocráticos.
A corporação reivindica a reestruturação da carreira, sobretudo, dos cargos de agente, escrivão e papiloscopista. Segundo policiais, a negociação se arrasta sem resultados há pelo menos três anos com o Ministério do Planejamento.
Outro motivo de protesto é o sucateamento de unidades da Polícia no interior do Estado.
Eles pedem ainda a substituição do diretor geral da PF, Leandro Daelo. A reclamação é que ele não representa os pleitos das demais categorias.
Uma agente da PF em Campo Grande, que não quis se identificar, diz que está lotada na corporação há seis anos e que, sem a reestruturação, a categoria está tendo prejuízos. “Queremos o apoio da sociedade, pois buscamos o melhor serviço para atender a população”, pontuou.
Os serviços paralisados com a greve ficam suspensos pelo menos até a realização da assembleia geral da categoria, que deve ocorrer na quinta ou sexta-feira, quando as reivindicações serão discutidas com o comando nacional da greve. Só então será decidido se os serviços serão retomados ou seguirão paralisados. (CG News)
Por: Da Redação