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Para conseguir empréstimos quadrilha forjava pagamentos de até 85 mil reais

Funcionários obtinham por vezes mais de um contrato de concessão de crédito (Foto: capital do Pantanal)

As informações colhidas por agentes da Polícia federal desmantelou um esquema articulado de lavagem de dinheiro que era desenvolvido dentro do setor de recursos humanos da prefeitura municipal de Corumbá. A fraude consistiu em desenvolver um método para que, recursos destinados ao pagamento de servidores, não fossem devolvidos ao seu destino de origem.

Para isso foi criado diversas gratificações e indenizações que seriam incorporadas a folha de pagamento desses servidores, e ainda dos que ocupavam cargos comissionados, afim de, se obter margem para contratação de empréstimos em instituições financeiras. Esses valores repassados em folha, na verdade serviria para o pagamento das parcelas dos empréstimos contratados que, após aprovados eram sacados integralmente e entregue para quadrilha.

Em troca os que aceitavam participar do esquema, recebiam algum tipo de gratificação ou até mesmo promoções de cargos elevando seus salários. A investigação deverá apurar ainda se alguns dos envolvidos mais próximos do primeiro escalão da prefeitura retinham uma parte dos empréstimos realizados.

A movimentação anormal e incoerente chamou a atenção do ministério público que observou neste período funcionários que anteriormente obtinham vencimentos de até um salário mínimo, passaram a receber em seus ordenados valores superior a três mil reais. Relatório expedido pela prefeitura municipal na época, apontava gratificações por dedicação exclusiva, e representação, inclusive sendo creditadas duas vezes a mesma pessoa correspondendo ao período de um mês.

Quanto maior o valor aferido em folha de pagamento, maior era a quantia de empréstimos realizados pelos funcionários, onde, alguns chegavam a ter cinco contratos de concessão de credito com desconto em folha. As manobras elaboradas para se conseguir margem de empréstimos era tão grande que funcionários com salários base de três mil reais, recebiam entre indenizações e benefícios por dedicação exclusiva cerca de 80 mil reais.

Esses valores nunca chegaram a ser pagos de fato para os servidores, tratando apenas de uma manobra para conceder de forma fraudulenta um aumento na margem de empréstimos que seriam realizados pelos mesmos. Os participantes do esquema recebiam cargos com salários que cobriam as despesas para o pagamento das prestações, acrescidas de uma quantia como recompensa pela participação.

Por outro lado os chefes do esquema ficavam com o dinheiro dos empréstimos cuja as prestações eram pagas com recursos da prefeitura destinados ao pagamento dos funcionários. (Capital do Pantanal)

 

Por: Da Redação

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