O vereador Oséas Ohara de Oliveira (PMDB) encaminhou ao Ministério Público Estadual (MPE), por meio do promotor Luciano Anechini Lara Leite, documento onde relata o caos na saúde pública de Corumbá por conta do que considera péssimo atendimento do Hospital de Caridade aos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).
Oséias denunciou a falta de materiais e medicamentos básicos, tais como: dipirona, buscopan, fios para cirurgias, cabos párea bisturi elétrico (que estão sendo reutilizados sem a necessária esterilização), e o uso de formol, “o que já é condenado pela Anvisa, acarretando com isso riscos de infecções no ato operatório e colocando em risco a vida dos pacientes”.
Empreguismo
No último dia 1º de dezembro, segundo o vereador, 19 cirurgias foram suspensas devido a falta de materiais e medicamentos, inclusive anestésicos. Ao usar a tribuna da Câmara, Oséas denunciou que o Hospital de Caridade tornou-se um cabine de emprego após passar a ser administrado pela prefeitura.
“A junta interventora está criando a máfia de profissionais de Campo Grande”, acusou o vereador. “O número de funcionários, que era de 220 antes da intervenção da prefeitura, agora passou para 340. Os novos contratados ficam aqui até quinta-feira e retornam para a Capital, abandonando o hospital”, acrescentou ele.
Audiência pública
Oséas propôs a realização de uma audiência pública para discutir a real situação da saúde pública de Corumbá, em especial a gestão da junta administrativa do hospital. “Precisamos mostrar a verdade ao povo, que é essa vergonha administrativa”, apontou o vereador pemedebista.
Por: Da Redação