Corumbá

Oficina de Dança de Corumbá ganha sede própria na área central da cidade

 

Tudo começou em um espaço improvisado no Estádio Arthur Marinho. Foi lá, no alojamento, que a Oficina de Dança, criada em 26 de fevereiro de 1999, deu seus primeiros passos. Hoje, passados 16 anos e sete meses, o projeto é uma realidade e tem fomentado a cultura corumbaense pela arte do movimento, formando cidadãos e ultrapassando fronteiras.

Faltava, porém, um espaço próprio para dar continuidade a este trabalho idealizado pelo hoje diretor-presidente da Fundação de Cultura de Corumbá, Joilson da Silva Cruz, e implantando pelo ex-prefeito Éder Brambilla após receber o projeto das mãos do próprio Joilson e da então diretora da Fundação de Cultura, Dinorá Cestari.

Faltava! Hoje, as 700 pessoas, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos atendidas pela Oficina de Dança, contam com uma sede própria, implantada pela Prefeitura Municipal, no antigo prédio do Grêmio, localizado na Rua Antônio João, entre a Delamare e Avenida General Rondon.

O prédio foi totalmente recuperado pela Prefeitura e a entrega aconteceu no final de setembro, durante um ato que fez parte das comemorações dos 238 anos de fundação de Corumbá, e que atraiu um grande número de pessoas.

Para a primeira dama do Município, Maria Clara Scardini, a Oficina de Dança tem uma participação importante na transformação da cultura corumbaense. “Já é um show e vai crescer muito mais ainda com este novo espaço que é de todos, das nossas crianças, das mães, da nossa população”, celebrou.

Maria Clara representou o prefeito Paulo Duarte. A primeira dama fez questão de elogiar Joilson Cruz, idealizador do projeto, e o ex-prefeito Éder Brambilla que o implantou durante a sua administração, no início de 1999. E Éder estava presente ao ato, junto com sua esposa Margarida Brambilla. Dinorá Cestari, também lembrada na entrega da sede própria, não pode estar presente, devido a problemas de saúde.

Sonho concretizado

“Estamos diante da realização de mais um sonho, a entrega da sede própria da Oficina de Dança que é, certamente, uma conquista para toda a comunidade corumbaense”, comemorou Joilson Cruz, que tem uma história de vida dentro da instituição, após ter estudado na escola de Sônia Rolon e ter sido aluno de Crisanvânia Mavignier.

Na Escola Dom Bosco foi incentivado pelo padre Ernesto Sassida a montar sua primeira coreografia. Outras vieram na sequência e um grupo foi montado dentro da Cidade Dom Bosco, mas que chegou ao fim após alguns anos.

Em 1999 Corumbá não contava com nenhuma escola de dança e surgiu a ideia de idealizar o projeto, apresentado à diretora da Fundação de Cultura, Dinorá Cestari. “Apresentamos ao prefeito da época e foi aí que surgiu a Oficina de Dança. Iniciamos nossas aulas no alojamento do Estádio Arthur Marinho, depois utilizamos uma sala no antigo Grande Hotel, onde funcionava a Fundação de Cultura, até mudarmos para a Dom Aquino e depois para a Edu Rocha, graças à Heloisa Urt”, contou Joilson.

“E aqui chegamos. Hoje recebemos um presente, grande demais para ser embrulhado, mas é de todos nós. Essa casa é a Oficina de Dança, mas é um espaço para todos os artistas corumbaenses”, comemorou.

O ato inaugural foi seguido de uma série de apresentações das crianças da Oficina. Antes, quem deu show foram a banda da Academia Municipal de Música Manoel Florêncio, o Coral Cidade Branca, e um grupo de alunos com a “Chalana”.

O prédio

O prédio foi totalmente reformado pela Prefeitura, após desapropriação. Esta nova sede representa uma economia de R$ 8 mil reais, que era o valor do aluguem do espaço na Edu Rocha. Conta com palco; camarins masculino e feminino; salas de múltiplo uso, de professores e administração; banheiros masculino e feminino; espaço para aulas de balé e dança de rua; área para lavanderia; salão principal, além de equipamentos de acessibilidade.

No interior do prédio, existem duas salas específicas para aulas de dança. Segundo Joilson, a segunda etapa do projeto prevê construção de mais três salas no espaço existente ao lado, já na esquina da Antônio João com a Avenida General Rondon.

 

Por: Da Redação