Uma novidade entre os trabalhos desenvolvidos pelos pacientes do Centro de Atendimento Psicossocial José Fragelli, em Corumbá, é a oficina de produção de sabão a partir do óleo de cozinha reaproveitado. O trabalho, além de disseminar o conhecimento sobre a reciclagem e sensibilização ambiental, contribui de forma importante no processo de readaptação social de 35 pessoas que frequentam o local diariamente.
A psicóloga e coordenadora da oficina, Ana Lúcia Provenzano Geovane, informa que a atividade acaba se tornando uma terapia para o grupo e o resultado tem sido altamente satisfatório. Conforme ela, os pacientes se envolvem de uma tal maneira que não há como ficar alheiro ao processo.
A segurança durante as aulas é total. Cada aliuno da oficina possui EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual). “Eu acompanho pessoalmente a fabricação do sabão caseiro, pois é preciso muito cuidado com a manipulação da soda cáustica, por se tratar de um produto altamente corrosivo e que pode queimar a pele em contato direto com o corpo”, declarou.
A produção não é complicada. “Nós utilizamos o óleo reciclável, de preferência o óleo de pastel, que é o mais limpo, soda cáustica, álcool, água e um aromatizante. Deixamos a base do sabão descansar de um dia para outro e já está pronto o material que pode ser usado para lavar calçadas e banheiros, pois é bem forte”, contou Provenzano.
Ainda segundo a coordenadora, a população também pode colaborar com o projeto. “Quem desejar adquirir o sabão produzido pelos nossos pacientes, nós estaremos vendendo a R$ 2,50, cada dois litros do material. Vamos atender de segunda a sexta, no horário 07 às 17 horas, aqui no CAPS II mesmo”, destacou lembrando que a doação de garrafas pet e óleo usado são muito bem vindos.
Oportunidade
Para o “seo” Antônio, de 59 anos e paciente do CAPS há quase seis anos, o programa é uma ótima oportunidade. “Eu, que cheguei aqui com síndrome do pânico, aprender algo é muito bom, pois a cada dia me sinto mais útil. E posso dizer que minha vida mudou pra melhor desde que aqui cheguei. Esse lugar funciona como uma casa para mim”, observou o paciente.
Por: Da Redação