Corumbá

Muhpan abre exposição Memórias do Pantanal Rupestre

Aberta ao público exposição Memórias do Pantanal Rupestre

 

Aberta ao público exposição Memórias do Pantanal Rupestre

As portas do Museu de História do Pantanal (Muhpan) estão abertas de terça-feira a domingo para visita gratuita a exposição Memórias do Pantanal Rupestre, que revela, de forma científica e artística, os registros deixados em laje pelos primeiros habitantes da região pantaneira há pelo menos cinco mil anos.

A mostra é uma inovadora experiência em educação patrimonial, com a participação do pesquisador e arqueólogo José Luiz Peixoto e do artista plástico colombiano Santiago Plata, patrocinada pela Petrobras e apoio da prefeitura de Corumbá. Por meio desse projeto, o Muhpan busca despertar na população local o interesse em desvendar sua própria história.

A exposição segue até 22 de novembro e foi aberta solenemente na noite desta quinta-feira pela presidente da Fundação Barbosa Rodrigues (FBR), gestora do Muhpan, Maria Verônica Sáfadi Alves Nogueira. O ato ocorreu na calçada da Rua Manoel Cavassa, em frente ao prédio Wanderley & Baís, onde fica o museu.

Presentes a cerimônia a integrante do conselho curador da fundação, Márcia dos Santos Barros Rodrigues; o representante da Petrobras, Gustavo Cortes da Fonte; Heloisa Helena Urt, presidente da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal, representando o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira; e a superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio História e Artístico Nacional), Margareth Escobar.

Durante a abertura, foram apresentados dois vídeos – que podem ser vistos por ocasião da visita a exposição -, onde Peixoto e Plata fazem uma apresentação didática dos achados e do trabalho de reprodução das inscrições, a maioria feita em sítios arqueológicos na borda do Morro de Urucum, próximo ao centro urbano de Corumbá.

Na abertura, o artista plástico corumbaense Jonir Figueiredo, ex-curador da FBR, doou uma de suas obras, “Pirâmides de Osiris”, ao Muhpan. Trata-se de uma abordagem lírica das pirâmides do Egito. A obra, premiada nos últimos anos em diversos salões de arte nacionais e regionais, mostra as múltiplas faces do artista.

Ciência e Arte

O projeto Memórias do Pantanal Rupestre promove uma dinâmica de conhecimento arqueológico da região, ainda ignorado pela comunidade local, gerando informações e propondo ações que possam gerar fonte de renda por meio do turismo. Grupos de pessoas participaram de oficinas e contribuíram para a concepção final da mostra.

“A união da Ciência com a arte possibilitou a criação de estratégias e processos diversos para transmitir conteúdos e atitudes”, disse a presidente da FBR, Maria Verônica Nogueira. “Estas obras estão prontas para seduzir o cidadão na recuperação do perfil cultural tão ameaçado, instrumentos que são de interação, conscientização, valorização e proteção do produto cultural brasileiro.”

A exposição apresenta painéis com informações científicas, de forma didática, e 27 grandes painéis com reproduções dos registros rupestres, feito por meio da técnica de frotagem (raspagem dos objetos). Na visita, são distribuídos cartilhas com riqueza de informações, fotografias e desenhos sobre a arqueologia no Pantanal.

Horários

A exposição é aberta ao público, de terça-feira a domingo. De terça a sexta-feira, o museu funcionará das 9h às 17h30; aos sábados, das 13h às 21h; e aos domingos, das 9h às 12h. Mais informações pelo telefone: 3232.0303.

 

Por: Da Redação