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Moinho Cultural envolve internos da UNEI com aulas de música e dança

A aula inaugural contou com a presença da chefe da divisão psicosocial da superintendência, psicóloga Simone Crisolia, representando o superintendente Hílton Villasanti; da presidente do IHP, Márcia Rolon, e do gestor do Moinho Cultural, Tiago Godoy
Presidente do IHP, Márcia Rolon e Dirceu Alves, diretor da Unei de Corumbá

O reconhecido trabalho do Moinho Cultural Sul-Americano de promover a cidadania por meio da arte está contribuindo para a recuperação e socialização de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Corumbá.

Projeto-piloto realizado em 2011 foi incorporado este ano às atividades dos internos, cujo resultado alcançado foi determinante para a parceria mantida entre o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), gestor do Moinho, e o Governo do Estado, via Superintendência de Assistência Socioeducativa.

“As atividades desenvolvidas pelos professores do Moinho Cultural transformaram os nossos internos, deixando-os mais abertos, felizes e respeitosos à hierarquia. Foi uma transformação. Não tivemos nenhuma quebra de ordem”, disse o pedagogo Dirceu Alves, diretor da Unei.

No ano passado, a ação voluntária da escola de artes inseriu os internos ao aprendizado em violão e fotografia e em 2012 será acrescida mais uma atividade, a dança terapia. As aulas por atividade ocorrem uma vez por semana, ministradas pelos professores Junia Rabelo e Maycon Vianna.

Coração aberto

“O Moinho Cultural tem sido nosso grande suporte nesse processo de socialização, recomendado inclusive pela Promotoria da Infância e da Juventude”, citou Simone Crisolia.

Na presença cerimônia, com a participação dos internos – atualmente cinco -, o diretor da Unei de Corumbá agradeceu o apoio do IHP, realçando o trabalho desenvolvido em 2011. “Voces mexeram com a sensibilidade dos nossos meninos, cuja mudança de comportamento foi significativa”, realçou.

Em breves palavras, a presidente do IHP disse que as ações por meio da arte buscam “chacoalhar a cabeça” dos adolescentes em conflito com a lei, mostrando as possibilidades reais que cada um tem de fazer o bem e contribuir com a sociedade e com si próprio.

“Suguem o que nossos professores tem a oferecer, a compartilhar com voces; encarem como concreto outros caminhos possíveis em suas vidas, de coração aberto, acreditando nas possibilidades de mudar, de realizar seus sonhos”, foi o recado deixado por Márcia Rolon aos internos.

Novos ritmos

Um dos momentos de descontração e de emoção, durante a aula inaugural, ocorreu com a presença dos professores do Moinho cantando e tocando algumas músicas, com a participação dos presentes, dentre as quais “Irmãos da Lua” (Renato Teixeira), cuja letra traz uma mensagem de irmandade.

A professora Junia Rabelo explicou que durante as aulas de música tem repassado aos internos influências da MPB (Música Popular Brasileira) e do sertanejo, mesclando com os ritmos que eles gostam, como o “rap”. Maycon, que se formou no Moinho, dá aulas de violão clássico.

Aula inaugural ocorreu com a presença dos professores do Moinho cantando e tocando algumas músicas

 

Por: Da Redação

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