O espetáculo Moinho in Concert representou o encerramento de um ciclo de oito anos para mais de 20 adolescentes que integram ao Instituto Moinho Cultural desde sua fundação em 2004 até hoje. Um caminho trilhado na linha do tempo dos nove aos dezessete anos, entre sonhos, lições e realizações. Para representar esta primeira geração Moinho Cultural quem subiu ao palco foi o corumbaense Joelson Aparecido dos Santos Soares, de 17 anos, hoje monitor e integrante do Núcleo de Tecnologia, setor responsável pela captação de imagens e produção de vídeos e clips. “O Moinho Cultural nos ensina muito mais que técnica de dança, de música, de fotografia, de tecnologia. Ensina crianças e adolescentes a sonhar e principalmente transformar sonhos em realidade. Porque são essas as verdadeiras lições que o ser humano levará para toda a vida”, destacou Joelson.
Representante juvenil do Conselho de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, requisitado para palestras sobre protagonismo juvenil, Joelson estava em uma comitiva recebida em julho no Palácio pela presidente Dilma. Ele já decidiu cursar Relações Internacionais e se especializar em Política. E hoje traduz os objetivos do Instituto Moinho Cultural, que busca a transformação do ser humano por meio da música, da dança, do coral, da disciplina, enfim, do acesso aos bens culturais e, acima de tudo, do respeito ao ser humano. “Podemos traduzir tudo em uma só palavra: amor. A gente vai se amando, vai amando uns aos outros, vai amando o violino, a arte, e é esse amor que move tudo”, definiu Márcia Rolon, fundadora do Instituto Moinho Cultural. “Mesmo os que completam o ciclo dos oito anos devem permanecer conosco”.
Quem também completa o ciclo é Hubner Martins Fernandes, de 17 anos, no Moinho desde os 9 anos de idade. Quando chegou foi logo escolhendo seu instrumento, o clarinete. Ele se tornou conhecido este ano por ter uma poesia selecionada para o Prêmio Poetize 2013 – Concurso Nacional de Novos Poetas. Antes, havia ganho um concurso de redação com o tema Amazônia Azul inscrita como aluno da Escola Estadual JGP na Operação Cisne Brasil da Marinha do Brasil. Morador do bairro Beira-Rio de Corumbá, de uma família humilde com os pais e dois irmãos, Hubner já decidiu fazer da música um meio de vida – em 2013 vai prestar a prova para ingressar na Marinha como sargento músico. “Quero tocar clarinete na banda do 6º Distrito Naval”, revelou o clarinetista, que participa tanto da Orquestra Vale Música Moinho como da Camerata Moinho.
Da dança vem outro exemplo de superação de uma menina de família humilde. De aluna a professora, a bailarina Taiandi Silva, de 19 anos, tem uma trajetória de vida no Moinho. “O sonho da minha neta era dançar e passar o que aprendeu para as crianças, e hoje ela é professora de dança do Moinho, e orgulho da família”, contou a artesã Benjamina de Moraes, integrante do grupo Mulheres de Fibras, projeto em parceria com a Vale que teceu os tapetes de taboa para decorar o palco do Moinho in Concert. Palco onde crianças e adolescentes, coreógrafos, regentes e colaboradores transformam o Moinho in Concert, ano a ano, em um espetáculo inesquecível e um campo de sonhos e transformações. (Assessoria de Comunicação IHP/Moinho Cultural – Fotos Comunicação IHP/Moinho)
Por: Da Redação