Corumbá

Melodias de Geraldo Espíndola dão boas vindas ao 10º Festival América do Sul

Show de Geraldo Espindola no 10º FAS (Foto: Edemir Rodrigues)

 

Show de Geraldo Espindola no 10º FAS (Foto: Edemir Rodrigues)

A voz, o violão e as melodias do cancioneiro de Mato Grosso do Sul do músico e compositor Geraldo Espíndola deram as boas vindas ao 10º Festival América do Sul nesta quarta-feira, 1º de maio. No palco das Américas, 46 anos de carreira reconhecidos por corumbaenses, sul-mato-grossenses, brasileiros e latino-americanos em clássicos inconfundíveis.

“Questão de Identidade”, o show apresentado por Geraldo Espíndola, é plenamente acústico e intimista. Apresentou algumas das muitas canções de sua autoria e parcerias. São músicas com elementos harmônicos e criativos, que marcam o estilo pessoal de composições e interpretações dotadas de identidade própria do artista, com propostas rítmicas avançadas, misturando estilo solo e improvisações, ritmos brasileiros e típicos de sua originalidade.

A importância do show como registro cultural se justifica pela própria história de Geraldo Espíndola. Começou aos 15 anos, em 1967, quando cantava e tocava violão e guitarra numa banda de nome insólito: Bizarros, Fetos e Paraquedistas de Alfa Centauro, na qual tinha como companheiros Paulo Simões, James Dalpoggeto, Maurício Almeida, João Vaca-Louca e Mário Márcio. Foi também nessa época que compôs sua primeira canção: “A Flor do Meu Jardim”.

Paralelamente ao grupo tinha uma carreira solo, o que não o impediu de participar de outras bandas, como Lodo, Luz Azul e Tetê & O Lírio Selvagem. As duas últimas com vários de seus irmãos: Alzira Espíndola, Celito Espindola e Tetê Espíndola. Tetê & O Lírio Selvagem, um grupo que teve projeção em todo o País, foi o responsável pela notoriedade nacional de sua irmã Tetê Espíndola. Geraldo era um dos principais compositores do repertório da banda.

Em 1978 compôs metade das composições do LP “Tetê e o Lírio Selvagem”, disco com o qual Geraldo ganhou fama. A partir dele, seus sucessos, como “Cunhataiporã”, “Vida Cigana” e “Rio de Luar” ganharam projeção nacional.

Geraldo Espíndola teve canções gravadas por cantores e músicos de prestígio nacional, como Tetê Espíndola, Alzira Espíndola, Almir Sater, Lecy Brandão, Gilberto Correa, José Augusto, Raça Negra e a dupla João Pedro & Cristiano. Neste período, também gravou três álbuns, sendo dois LPs e um CD.

 

Por: Da Redação