A Polícia Civil de Corumbá já ouviu o depoimento de quatro pessoas sobre o assassinato do professor Ramão Jacinto Espíndola, que foi encontrado morto dentro de casa na terça-feira (14). O principal suspeito de ter cometido o crime, um adolescente de 17 anos, se apresentou à polícia.
O delegado Jefferson Rosa Dias, que conduz as investigações, disse que o rapaz admitiu que teria um envolvimento com o professor, mas negou participação no crime. Outros três jovens também foram ouvidos.
“Nós ouvimos quatro adolescentes, que são alvo de investigação porque tinham contato direto com a vítima. Eles foram inquiridos e negaram qualquer tipo de participação na execução da vítima”, declarou o delegado.
A polícia faz buscas pelo carro do professor, que foi roubado, e aguarda o resultado dos exames periciais e da análise das impressões digitais, que foram coletadas em objetos no local do crime. Para ajudar nas investigações, a polícia deve analisar as ligações feitas do celular do professor, que também foi roubado.
“Outro procedimento que adotarei será a quebra do sigilo telefônico da vítima. Vamos fazer a representação e encaminhar ao juiz para deferir”, afirma Dias.
O caso
O corpo de Ramão Jacinto Espíndola foi encontrado nesta terça-feira em um dos quartos da casa dele. Segundo a polícia, ele foi degolado e o corpo tinha marcas de facadas, mas não foi possível determinar a data do crime. O professor ficou desaparecido por cinco dias.
Em todos os cômodos da casa foram encontradas marcas e pegadas com sangue. A polícia suspeita que o assassino tenha entrado pelo teto da casa porque uma telha estava deslocada. Como o carro e outros objetos do professor foram levados, a primeira linha de investigação aponta para o latrocínio, roubo seguido de morte.
No enterro do professor, familiares e amigos estavam inconformados. As escolas onde a vítima lecionava estão fechadas em sinal de luto. (TV Morena)
Por: Da Redação