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História, cultura e as riquezas do maior município pantaneiro

Conhecida pelo calendário de eventos, com ampla programação durante todo o ano, e como um dos principais destinos turísticos de Mato Grosso do Sul, Corumbá proporciona um passeio pela história. A Cidade Branca, assim conhecida pelo solo rico em calcário, respira cultura. Com abundantes recursos naturais, históricos e culturais, ocupa posição estratégica na América do Sul e já é reconhecida pelo turismo de pesca. A cidade se consolida também como polo de eventos. São João, Carnaval, Festival Pantanal das Águas, estão entre as tradicionais atrações que reunem corumbaenses e visitantes todos os anos. Quem visitar a cidade nestes períodos, tem a oportunidade de conhecer os históricos e belos pontos turísticos da cidade.

▪ Casario do Porto

O Porto Geral de Corumbá é um dos principais cartões postais da Capital do Pantanal. Abriga uma série de construções que traduzem em sua arquitetura muito do passado efervescente do comércio corumbaense, no período em que a cidade tinha o terceiro maior porto fluvial da América Latina.

Os casarões hoje abrigam estabelecimentos comerciais, de agências de publicidade a lojas de artesanato e bares. No passado foram empórios e agências bancárias, além de residências das famílias que enriqueceram com a navegação fluvial. Também fica nesta área a primeira fábrica de gelo do Brasil. Em 1992, o Casario do Porto foi tombado como Patrimônio Histórico Nacional.

▪ Cristo Rei do Pantanal

Confeccionado pela artesã Izulina Xavier, uma piauiense que adotou Corumbá para viver, o Cristo Rei do Pantanal está situado no topo do Morro do Cruzeiro, na parte alta da cidade. De lá é possível contemplar uma diversidade de paisagens, tanto a urbana quanto as características do relevo e da vegetação típicos da região.

Uma das vistas mais bonitas do local é o impressionante pôr-do-sol pantaneiro. O trajeto para chegar ao Cristo Rei também é um atrativo à parte. Ao longo do caminho, esculturas de Izulina Xavier representam as 14 estações da Paixão de Cristo.

▪ Artizu – Casa de Escultura

Localizada no centro de Corumbá, a Artizu é a casa da artesã Izulina Xavier, onde está exposto seu artesanato, confeccionado em pó de pedra e concreto, cerâmica e entalhes em madeira. Católica devota, a artesã se destacou pela produção de imagens de santos, sobressaindo o Cristo Rei do Pantanal, e a imagem de São Francisco de Assis do Pantanal, localizada na Praça Salim Chamma, na saída para Ladário.

▪ Forte Junqueira

Foi construído logo após a Guerra do Paraguai (1871) em uma área privilegiada, de onde se avista o Rio Paraguai e a paisagem pantaneira. Os 12 canhões de 75 mm pertencentes ao forte foram fabricados pela indústria inglesa Fried Krupp, por volta de 1872, e nunca foram usados. As paredes do forte são de calcário e têm três metros de espessura.

Está situado dentro do 17º Batalhão de Caçadores. O nome homenageia o Ministro da Guerra na época, José de Oliveira Junqueira, falecido em 1887. A visitação pode ser realizada com autorização.

▪ Igreja Nossa Senhora da Candelária

Datada de 1885, a Igreja Nossa Senhora da Candelária fica na região central de Corumbá, e é objeto de um episódio do folclore local envolvendo o religioso Frei Mariano. Contam os antigos que o frei quis que a catedral fosse construída em sua homenagem, o que não ocorreu.

Diante da negativa e da definição de que a igreja homenagearia Nossa Senhora da Candelária, Frei Mariano teria enterrado suas sandálias e declarado que, enquanto não fossem encontradas, a cidade sofreria um período de estagnação. O prédio foi tombado em 1992 como Patrimônio Histórico Nacional.

▪ ILA – Instituto Luiz de Albuquerque

Fica em um prédio construído em 1871 para abrigar o Grupo Escolar Luiz Albuquerque, em homenagem ao fundador de Corumbá. Em 1978, passou a ser sede do Instituto Luiz de Albuquerque, Centro Regional de Pesquisa e Cultura, que visava contribuir para o desenvolvimento integrado da microrregião do Pantanal.

Em 1997, transformou-se em Casa da Cultura, sob responsabilidade da Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul. Atualmente, além das atividades culturais realizadas no local, é também a sede da Superintendência de Cultura do Município.

▪ Ladeira Cunha e Cruz

É conhecida também como Ladeira da Candelária, por ficar em frente à Matriz Nossa Senhora da Candelária, ou Ladeira da Saúde, por abrigar um posto de saúde pública, ou ainda Ladeira da Capitania, pois na esquina com a Rua Delamare está a Capitania dos Portos em Corumbá.

É um dos principais acessos ao Porto Geral e ao Rio Paraguai. A denominação oficial homenageia um capitão da tropa brasileira que derrotou o Exército inimigo na retomada de Corumbá, durante a Guerra do Paraguai (1864 – 1870), quando a cidade chegou a ser invadida.

No local, travou-se a sangrenta batalha de 13 de junho de 1867. Hoje, a ladeira é conhecida por ser palco principal do Arraial do Banho do São João, na noite de 23 para 24 de junho. Por ela descem as procissões para banhar a imagem do santo no rio, uma característica única das festas juninas na região.

▪ Praça da Independência

Localizada no centro da cidade, a Praça da Independência já foi um zoológico. Apenas outras três praças, duas no Brasil e uma na Alemanha, possuem seu estilo de construção, originariamente toda murada em mármore com portões de ferro. Foi inaugurada em 1917. O coreto em forma octogonal foi importado da Alemanha, de onde também veio o mosaico do calçamento da parte externa.

A praça tem quatro esculturas representando as estações do ano, que foram esculpidas em Pisa (Itália), em pedra de mármore de Carrara, doadas por um conde italiano que veio caçar no Pantanal. Nela, os corumbaenses reverenciam os seus heróis da Guerra do Paraguai e da II Guerra Mundial.

▪ Santuário Nossa Senhora Auxiliadora

Construído em 1899, o Santuário Nossa Senhora Auxiliadora está localizado no terreno do Colégio Santa Teresa e é administrado pela Diocese Salesiana de Corumbá. Possui em seu interior uma obra de arte esculpida em madeira, o Cristo na Cruz, em tamanho natural, feita pelo artista local Burgo, na época amigo de Pablo Picasso. Foi tombado em 1992 como Patrimônio Histórico Nacional.

▪ Casa do Artesão

Fundada em 1975, a Casa do Artesão ocupa o prédio de uma cadeia pública desativada nos anos 1970 e tornou-se um local de visita obrigatória a quem chega a Corumbá. No local, os artesãos pantaneiros expõem suas produções em couro, madeira, cerâmica, tecelagem de salsaparrilha, trabalhos de pintura, bordados e crochê, além do artesanato indígena e dos deliciosos licores caseiros. Não há registros da construção do prédio, apenas de sua restauração em 1893.

▪ Casa do Massa Barro

Foi em 1982 para incentivar a arte em cerâmica. Os artistas são crianças e adolescentes que, usando argila, recriam a fauna e a flora pantaneiras com riqueza de detalhes e cores.

Os jovens artesãos foram descobertos em 1991 pelo carnavalesco Joãozinho Trinta, que por duas vezes os levou para o Rio de Janeiro para decorar as alegorias das escolas de samba Beija-Flor e Viradouro.

O artesanato produzido na Casa do Massa Barro é reconhecido fora do País. Uma das obras que mais impressionam é a imagem de São Francisco estilizada em casca de árvores nativas.

▪ Muhpan (Museu da História do Pantanal)

Inaugurado em 2008, o Museu da História do Pantanal é sediado em um antigo casarão onde funcionava um armazém na época de ouro do comércio fluvial em Corumbá. O acervo conta a história da formação do povo pantaneiro, e o grande diferencial está no uso da tecnologia para contar a história da ocupação humana no Pantanal.

Quem visita o Muphan faz uma ‘viagem’ lúdica, didática e interativa por oito mil anos de história, desde o tempo em que os índios eram os únicos moradores da região, passando pela colonização, a vinda dos imigrantes portugueses, espanhóis e árabes, pelo período de glória da navegação e a chegada da ferrovia.

▪ Forte Coimbra

É o nome de uma pequena localidade às margens do Rio Paraguai, pertencente ao município de Corumbá – a cerca de 100 quilômetros (em linha reta) da cidade -, e quase na fronteira do Brasil com Bolívia e Paraguai, onde se encontra o forte de mesmo nome e um vilarejo formado por militares da 3ª Companhia de Fronteira do Exército Brasileiro.

Construído no fim do século XVIII, o forte foi um dos mais importantes pontos de defesa do território brasileiro na fronteira e para a expansão no período imperial. Em suas instalações, encontra-se um pouco da história da ocupação militar, essencial para o povoamento da região, representada em peças, documentos e a própria arquitetura.

Está situado em um belíssimo local, na margem direita do Rio Paraguai. A manutenção está a cargo do Exército Brasileiro, e é aberto a visitações, desde que seja feita solicitação prévia.

▪ Capela Nossa Senhora do Carmo

Fica em Coimbra, a 65 quilômetros de Corumbá (até Porto Morrinho) e mais duas horas de barco pelo Rio Paraguai. A imagem de Nossa Senhora do Carmo na capela é do século XVIII e veio de Portugal, e a festa em homenagem à santa é realizada todos os anos em 16 de julho, quando os devotos pagam promessas e fazem pedidos em busca de milagres.

A capela em Coimbra possui muitos atrativos para os adeptos do turismo religioso, entre eles as imagens vindas de Portugal, às quais foram atribuídos diversos milagres. Pode ser visitada com autorização do Exército Brasileiro. (PMC)

 

Por: Da Redação

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