A Polícia Federal realizou na manhã dessa terça-feira, 10 de novembro, mais uma operação que visa a atual gestão do prefeito Marcelo Iunes, esta é a terceira operação durante a campanha eleitoral, onde Marcelo é candidato à reeleição e lidera nas intenções de pesquisa eleitoral.
Segundo o delegado Alan Givigi da Policia Federal de Corumbá, as investigações serão mantidas sob “sigilo absoluto”. “A PF não vai se manifestar sobre a operação de hoje”, afirmou. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, porém não foi autorizada a divulgação das informações.
As equipes estiveram cumprindo mandado de busca e apreensão de documentos no laboratório Citolab que pertence ao irmão de Marcelo, José Batista Aguilar Iunes e até maio de 2017 tinha na sociedade a esposa do prefeito, Amanda Cristiane Balancieri Iunes, ressaltando que nessa época o prefeito municipal ainda era Ruiter Cunha, falecido no dia 1º de novembro daquele ano.
Os agentes também estiveram em um apartamento no centro da cidade onde a princípio reside um farmacêutico e na sede da Secretaria Especial de Cidadania e Direitos Humanos, que é comandada pela primeira-dama. Na residência do prefeito, os agentes recolheram documentos.
Em breve entrevista na porta de casa, o chefe do Executivo municipal disse apenas que se trata de uma investigação sobre “o laboratório”. “E aí minha esposa foi dona do laboratório e vieram conferir a documentação”.
Segundo informou o Campo Grande News, uma delação premiada teria sido o ponto de partida para a investigação. O depoimento de um servidor foi colhido há cerca de um mês em Campo Grande, conforme a informação apurada extraoficialmente.
Sucessivas operações na campanha eleitoral
Foi a terceira operação da Policia Federal em apenas um mês, em plena campanha eleitoral, sendo os alvos ligados a atual gestão, além do ressurgimento da Operação Cornucópia um esquema de desvios de recursos públicos executado dentro da prefeitura de Corumbá, entre os anos de 2008 e 2013.
No dia 6, a Operação Offset esteve na casa do secretário de Infraestrutura de Serviços Públicos de Corumbá, o engenheiro Ricardo Ametlla, do ex-secretário municipal de Segurança Pública, Edson Panes de Oliveira Filhos, que tem cargo de assessor especial na administração municipal e de outro irmão do prefeito, Márcio Iunes.
Nove dias depois, a Operação Cornucópia 2 mirou esquema criminoso de R$ 60 milhões, que consistia no aumento ilegal da folha de pagamento de servidores cooptados pela organização, com consequente aumento na margem para contratação de empréstimos consignados entre os anos de 2008 e 2013. (Com informações do Campo Grande News)