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Fundação de Cultura divulga atrações musicais nacionais do Festival América do Sul 2023

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A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul já confirmou as atrações musicais nacionais para o Festival: sobem ao Palco Integração no dia 9 de novembro, às 21h30, Amado Batista; no dia 10, Neguinho da Beija Flor, às 22h30; no dia 11, o rapper Criolo, às 22h30; e no dia 12, Frejat, às 21h15.

Amado Batista

Existem artistas talentosos que são expoentes de um gênero. E existem artistas geniais que criam um gênero. Abrindo o Festival América do Sul 2023, Amado Batista faz parte dessa leva genial – em 44 anos de carreira ele criou uma categoria própria popular brasileira e o retrato está no lançamento comemorativo em CD e DVD de seus maiores sucessos e algumas inéditas pelo Midas Music, “Amado Batista – 44 Anos”.

Pode soar redundante em lançamento comemorativo, mas a verdade é que Amado nunca cantou tanto quanto nesta apresentação e nunca teve sua obra tão bem gravada e registrada. Nas quatro décadas de carreira, Amado passou a fazer parte da cultura brasileira ao criar sua própria fórmula musical. Ele uniu no meio dos anos 1970 a sonoridade das modas de viola, o apuro melódico da Jovem Guarda, o viés popular da música brasileira e escreveu letras em forma de crônicas, com as quais todo mundo se identifica, o que lhe confere também um quê de Bob Dylan brasileiro.

A força de suas canções superou todas as tempestades musicais que o mercado passou desde então. Tanto que o repertório de “Amado Batista – 44 Anos” traz hits de todas as fases, desde o primeiro, “Desisto”, de 1977, lançado inicialmente em compacto. Da mesma década, “O Fruto do Nosso Amor (Amor Perfeito)” ganha versão repaginada na estrutura de arranjo de cordas, piano e banda escolhidos para o trabalho, que resultam no que Rick se refere a um “som espetacular”.

Dos anos 80, “Seresteiro das Noites”, “Chance”, “Mulher Carinhosa”, “Ex-Amor” e “Folha Seca”. Da década de 90 o CD/DVD tem o imenso sucesso “Princesa”, “Amar Amar”, “Quem Foi o Ladrão”, “Não Quero Falar com Ela” e mais duas com convidados e amigos.

Já do repertório do novo milênio, Amado canta “Estou Só”, “Alucinação” e “Solidão Sem Fim”. Só que além da visita à obra, ele abre o trabalho com três inéditas, que no meio da contagem geral entram para a conta de clássicos instantâneos. Melhor exemplo é o primeiro single, “Golpe Fatal”, que abre a apresentação. Os outros dois lançamentos vem logo na sequência, “Larga Tudo e Vem Correndo” e “Amor”.

No final de seu 40º lançamento, Amado cede a última canção para o filho, Rick Batista, que mostra uma pegada romântica em “Da Porta Para Fora”. Poderia soar como passagem de bastão, mas embarcado pela obra que desfilou no registro, no potencial das inéditas e na performance vocal, Amado abre um celeiro de lenha a queimar.

Neguinho da Beija-Flor

Com 50 anos de carreira, é um dos mais expressivos nomes do samba e da música popular brasileira. Compositor de inúmeros sucessos, Neguinho também é conhecido como “O intérprete dos intérpretes”, por ser o dono da voz que conduz desde 1976 a Beija-Flor de Nilópolis no desfile das escolas de samba, a maior manifestação popular da cultura brasileira.

Neguinho da Beija-Flor ostenta uma carreira além das fronteiras da folia, com shows em todos os estados brasileiros e turnês anuais por países de todos os continentes. Aqui e lá fora, enfeitiça as plateias com seus clássicos: “Magali”, “Malandro é malandro, mané é mané… ”, “Obrigado Jesus”, “Bem melhor que você ”, “Malandro também chora “, “A deusa da passarela” e “O campeão” (“Domingo eu vou ao Maracanã”), que, cantada por torcidas de todo o Brasil, tornou-se o hino oficial do Estádio do Maracanã, em 3 de novembro de 2021, como determina a lei 5014/21.

À frente da Beija-Flor desde os preparativos para o Carnaval de 1976 (o primeiro título da escola entre as grandes, “Sonhar com Rei dá Leão”, foi com samba de sua autoria), participou como protagonista de todos os 14 títulos ‒ em quatro deles os componentes cantaram sambas que tiveram Neguinho como compositor.

O artista também foi consagrado com premiações de grande relevância no Carnaval do Rio. Venceu cinco vezes o Estandarte de Ouro, maior prêmio individual da festa, concedido pelo jornal O Globo, e arrebatou ainda dez Tamborins de Ouro, dado pelo jornal O Dia.

Mantendo sua atividade artística, Neguinho da Beija-Flor segue na missão de difundir a cultura popular brasileira pelo mundo.

Criolo

Que o samba está presente na vida de Criolo há muito tempo, já não é mais segredo. Para celebrar seu amor por ele, nada melhor que um novo show focado exclusivamente no ritmo, que o cantor paulistano lança agora com a alcunha de Samba Só.

O show é um projeto especial e intimista que reúne ao vivo seus sambas autorais, além de versões de clássicos imortais de sambistas que admira e acompanha desde o início de sua vida e carreira musical. No setlist canções como “Menino Mimado”, “Espiral de Ilusão”, “Fermento pra Massa” e muito mais.

“Sempre tive um carinho muito grande por samba. Música é muito forte e samba é algo muito especial pra nós, pra todo nosso povo, pra nossa cidade, pra minha família. Muita coisa me visitou e desaguou em forma de samba sem que eu pedisse. As músicas começaram a ser um martelo e um formão, que visita a carne e o coração”, explicou Criolo sobre sua relação com o ritmo quando do lançamento do disco e show “Espiral de Ilusão”, em 2017, somente com sambas autorais.

Pelo álbum, Criolo foi contemplado como melhor cantor de samba pelo Prêmio de Música Brasileira em 2018, que também teve o disco como finalista. Além de sua proximidade com o Pagode da 27, Criolo já se apresentou ao vivo e se envolveu em projetos com gigantes do samba como Nelson Sargento, Monarco e Paulinho da Viola.

Em Samba Só, Criolo é acompanhado de um quarteto de músicos de peso, formado por Ricardo Rabelo (cavaco), Gian Correa (violão 7 cordas), Maurício Badé (percussão) e Ed Trombone (trombone e percussão).

Frejat

O show Frejat Ao Vivo, que vai ser apresentado no Festival América do Sul, é um passeio pela trajetória do cantor, uma espécie de viagem biográfica musical. O repertório apresenta alguns de seus maiores sucessos, agora “turbinados” e com energia renovada.

O show investe em um formato musical eficiente (duas guitarras, baixo, bateria e teclados) e revela as muitas facetas da personalidade musical de Frejat em canções pop sofisticadas, baladas bluseiras, MPB revistada e roquenrol do bom. Quem melhor define Ao Vivo é próprio Frejat: “É um show cheio de sucessos pra gente cantar, dançar e se divertir muito”.

Frejat sobe ao palco acompanhado por uma das melhores bandas de apoio em atividade no país: Maurício Almeida (guitarra e vocal), Bruno Migliari (baixo e vocal), Humberto Barros (teclados e vocais) e Marcelinho da Costa (bateria e vocais).

Cantando como nunca – acompanhado de sua guitarra nos momentos mais agitados e no violão nas passagens mais baladeiras – Frejat apresenta parcerias com Cazuza, como as emblemáticas “Exagerado”, “Bete Balanço”, “Maior Abandonado”, “Por que A Gente é Assim?” e “Pro Dai Nascer Feliz”, além de uma longa lista de hits como “Por vocꔓPedra Flor e Espinho”, “Amor pra Recomeçar” e “Segredos”.

Clássicos da MPB já consagrados na voz de timbre personalíssimo de Frejat, como “Amor Meu Grande Amor’ e “Malandragem Dá Um Tempo, também fazem parte do roteiro, assim a versão do autor pra “Malandragem”, eternizada na voz de Cássia Eller.

*Karina Lima, FCMS / Fotos: Divulgação

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