Corumbá

Fronteira Brasil/Bolívia amanhece fechada por tempo indeterminado

 

Em menos de 28 dias a Fronteira do Brasil com a Bolívia foi fechada novamente, a meia noite desta quarta-feira (14). Os comitês da região pretendem dar continuidade ao paro cívico até que as autoridades bolivianas façam um acordo.

Segundo o presidente do comitê cívico de Porto Quijarro, Guilhermo Lino, a fronteira foi aberta enquanto eles viajavam para La Paz para se reunir com as autoridades competentes para chegar a um acordo, “nós não queremos prejudicar ninguém, apenas queremos que esse problema seja resolvido. Por isso fomos até La Paz para falar com as autoridades, mas com eles não há conversa, querem impor a decisão deles, isso não está justo.”

Lino ainda explica que o Governo está agindo de má fé, “nós vamos comprar um carro e como vocês aqui no Brasil vão ao DETRAN, nós também vamos lá e lá é dito que nada consta no carro. Aí quando somos parados numa fiscalização a polícia diz que tem um registro de roubo, como isso pode ser possível se fomos ao órgão responsável por isso e nada nos disseram. Então alguma coisa está errada não acha?”, disse o presidente do comitê que acha errado como as autoridades estão agindo com todos.

Jayme Algarañas, Comitê Cívico da Fronteira (Arroyo Concepción), afirma que apenas o querem que as autoridades sejam sustas e que tenham palavra, “nós confiamos nas autoridades para realizar a compra de nossos veículos, mas quando achamos que estamos dentro da lei, vem outro órgão e diz o contrário, isso não está certo. Além do que essas taxas cobradas têm um preço muito elevado, elas acabam saindo mais caras que o próprio valor do carro.

Além desta fronteira mais seis províncias também estão realizando essa manifestação, como Arroyo Concepción, Puerto Quijarro, Puerto Aguirre, Roboré, San José e El Carmen.

Entenda o Caso

O início do processo de nacionalização dos veículos começou dia 04 de Maio e encerrou 04 de Julho, regulamentando apenas 10 mil veículos de uma frota estimada em 128 mil veículos que circulam livremente por toda Bolívia, sendo a maioria produto de roubos e furtos. No momento da regularização é feito vistorias para constatar possíveis adulterações em chassis.

Com isso no dia 07 de Julho o comitê cívico realizou o primeiro Paro Cívico com o objetivo de pressionar o governo de Evo Morales a diminuir as taxas que são cobradas para uma segunda legalização dos veículos. (Capital do Pantanal)

 

Por: Da Redação